Messias conversa com parlamentares antes de sabatina no Senado: "Tenho sido muito bem recebido"
Advogado-geral da União, indicado por Lula ao STF, afirma estar "muito tranquilo" com processo; governo tenta adiar discussão na Casa

Gabriela Vieira
O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, disse nesta quinta-feira (27) estar articulando com senadores em busca de apoio para aprovar indicação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele vai passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, no plenário, precisará ter votos favoráveis de pelo menos 41 dos 81 parlamentares para entrar na Corte.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o senador Otto Alencar (PSD-BA) anunciaram na terça (25) que a sabatina de Messias será em 10 de dezembro. Em relação ao processo, o chefe AGU disse estar "tranquilo" e afirmou ter sido bem recebido na Casa.
"O clima é um clima de uma recepção muito respeitosa. Estão todos muito atentos a me ouvir e a compreender a minha trajetória. E é isso, nós vamos continuar o nosso trabalho. Eu gostaria mesmo de procurar e ter a oportunidade de conversar com todos os senadores", disse.
Messias disse entender que a sabatina "é um processo necessário".
"A Constituição estabelece o processo de escrutínio constitucional, não só pelo próprio Senado, mas pela sociedade", acrescentou.
O AGU também deixou claro que não procura tratar do tema separando oposição e governo.
"Para mim, todos os senadores e senadoras, dentro do processo constitucional, de sabatina, de indicação a ministro do Supremo, eles devem ser, digamos assim, procurados e eu devo me colocar à disposição com o coração aberto", destacou.
Impasse entre Congresso e governo
O Congresso Nacional e o governo enfrentam impasse sobre indicação de Messias para a vaga de Luís Roberto Barroso, que se aposentou antecipadamente em outubro. Alcolumbre defendia nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado.
Agora, a ideia do governo é ganhar tempo para que Messias amplie sua articulação política. No entanto, a mensagem presidencial formalizando a indicação ainda não foi enviada ao Senado e, sem essa parte, o processo não pode avançar.







