Política

Haddad fala em cautela para evitar que Lula seja constrangido em possível telefonema com Trump

Ministro citou episódio com o presidente da Ucrânia, que terminou em discussão com o presidente dos EUA durante uma reunião

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"Você cobra de quem não paga e isenta pra quem está pagando além da conta", disse Haddad | Reprodução/CanalGov
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (29) que é preciso ter cautela em relação a um possível telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano, Donald Trump, para discutir a tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

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"Se houver uma reunião entre os presidentes, um telefonema entre os presidentes, nós temos que ter segurança que não vai acontecer com o presidente Lula o que aconteceu com o Zelensky, que passou um papelão na Casa Branca", disse Haddad em entrevista à CNN Brasil.

Ele se referiu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que estava em uma reunião na Casa Branca em fevereiro. O encontro tinha como objetivo ajudar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, mas terminou em uma discussão transmitida ao vivo pela mídia norte-americana.

“Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro se comportava, abanando o rabo e falando ‘I love you’, batendo continência. [...] Isso não é arrogância, nós queremos respeito com o Brasil”, ironizou Haddad.

Haddad diz que Brasil prosperará em negociações

Mais cedo, Haddad afirmou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), teve uma terceira e longa conversa com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e adiantou que o Brasil prosperará nas negociações comerciais com os EUA.

Haddad disse a jornalistas em Brasília que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está fixado em uma data para concluir as conversas com Washington, dias antes da entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA.

Ele ainda destacou que a preocupação com um prazo poderia inibir as negociações. A taxação começa a valer na sexta, 1º de agosto.

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