Gleisi: Lula cobra empenho para aprovação da PEC da Segurança e do texto original do PL Antifacção
O presidente se reuniu com ministros que foram governadores no Palácio do Planalto

Gabriela Vieira
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira (13) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu aos ministros que foram governadores que se empenhem para aprovar pautas como a PEC da Segurança e o PL Antifacção.
O presidente se reuniu com esses ministros no Palácio do Planalto para tratar de temas de segurança pública. Dos nove participantes, seis já haviam sido governadores e tinham experiência direta na área em seus estados. São eles: Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Renan Filho (Transportes), Camilo Santana (Educação) e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Indústria).
Em entrevista a jornalistas após o encontro, Gleisi destacou que a reunião teve como objetivo discutir as pautas de segurança que tramitam no Executivo e no Legislativo.
“O presidente pediu o empenho dos ministros para sensibilizar o Congresso para aprovar a PEC da Segurança e nos dar mais instrumentos para o enfrentamento [de organizações criminosas] em conjunto com os Estados”, afirmou.
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A ministra deixou claro que eles “reiteraram a importância da aprovação desses marco legais, principalmente da PEC da Segurança, que está desde abril no Congresso”.
A votação do projeto de lei Antifacção, que estava prevista para terça-feira (11), deve ser votada na Câmara dos Deputados em 18 de novembro, diante da falta de consenso sobre o texto apresentado pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
Gleisi avaliou que seria ideal que a análise do PL Antifacção acontecesse no mesmo dia da PEC da Segurança. “Seria importante conseguir a apreciação dos dois ao mesmo tempo”, disse.
O texto do relator Guilherme Derrite ao PL Antifacção altera pontos centrais da proposta original do governo. Na quarta (13), ele apresentou a quarta versão do novo relatório que surge após semana de pressão de parlamentares, de governadores, do Palácio do Planalto e de especialistas em segurança pública.
Em resposta, Gleisi ressaltou que o governo mantém preocupação com alguns pontos do projeto, mas destacou que é necessário que os governistas se "adequem" à pauta estabelecida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.
"Ele tem a legitimidade e o poder de estabelecer a pauta. Nós temos um acúmulo grande de discussão dessa matéria. O governo se dedicou por 6 meses para elaborar esse projeto, ele não nasceu em 2 dias. Se o presidente colocar na pauta e realmente votar, temos condições de fazer esse debate”, declarou.









