Publicidade

“Gatilho” em novo imposto trava desoneração, mas projeto deve ser votado na próxima semana

Líder do governo diz que negociações evoluíram, enquanto relator coloca votação como necessária para “passar a página”

“Gatilho” em novo imposto trava desoneração, mas projeto deve ser votado na próxima semana
Plenário do Senado deve votar acordo para desoneração na folha de pagamentos na próxima semana | Agência Senado
Publicidade

Um “gatilho” que pode permitir ou não um aumento do imposto CSLL a empresas para compensar a desoneração na folha de pagamentos travou a votação do projeto da desoneração na folha de pagamentos no plenário do Senado. A proposta poderia ser avaliada nesta quarta-feira (7), mas o governo e o Congresso ainda avaliam a alternativa. A expectativa está voltada para que a proposta seja analisada na semana que vem.

+ Pacheco pauta desoneração, mas avanço depende de acordo com governo

A dificuldade de acerto foi confirmada pelo relator do texto, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). E é atrelada a uma proposta que foi enviada pelo Ministério da Fazenda. A equipe econômica sugeriu o aumento de 1% na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), uma tributação relacionada ao lucro das empresas.

A proposta foi levantada como uma forma de bancar o benefício na folha de pagamentos de setores e municípios, mas foi mal recebida entre parlamentares. Como contraproposta, o Senado levou outras alternativas de arrecadação e sugeriu que adequações tributárias sejam implementadas apenas se os valores não se mostrarem suficientes.

A intenção de parlamentares é deixar o possível aumento de imposto como última opção, com uma cobrança que vá de acordo com a necessidade - podendo ser menor que 1%. Pela sugestão, ficaria acordado haver novas negociações se houver alguma necessidade de manejo Orçamentário no ano que vem.

“A gente se compromete a votar a CSLL. A Fazenda preferia já deixar escrita a questão do gatilho. O que é o gatilho, se não chegar no número necessário aí a gente dispararia isso. Não necessariamente com 1%. Pode ser 0,25%, 0,75%. Depende da necessidade de complementação. Então para mim está resolvido. Nós estamos discutindo coloca ou deixa para colocar depois, mas todo mundo já sabe por onde vai passar”, afirmou Jaques Wagner.

O líder do governo também disse que gostaria de ter votado o projeto nesta quarta-feira, para “passar a página” em relação ao tema e ter uma dedicação da base governista voltada à reforma tributária. A mesma intenção em acelerar a tramitação foi apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que disse esperar que o projeto seja analisado na semana que vem.

Negociações avançaram

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que lidera a base do governo no Congresso, afirmou que as negociações para o projeto avançaram e que haverá um desfecho que atenda a data imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por falta de acordo no passado, a desoneração chegou à Justiça e a Corte deu o prazo para resolução até 11 de setembro.

A proposta acordada deverá ser aprovada tanto no Senado quanto na Câmara. O ponto que impediu uma conclusão está ligado à compensação, estimada em R$ 18 bilhões pela Fazenda. A previsão é de que a desoneração continue valendo em 2024 e que a retomada da cobrança se dê de forma gradual de 2025 até o ano de 2028, em uma adequação de 5% a cada ano, da seguinte forma:

  • 2024: continua com a desoneração dos 20%, como está atualmente;
  • 2025: aumento de 5%;
  • 2026: aumento de 10%;
  • 2027: aumento de 15%;
  • 2028: aumento de 20%.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Política

Últimas notícias

Astronautas "presos" no espaço na cápsula da Boeing podem voltar somente em fevereiro de 2025

Astronautas "presos" no espaço na cápsula da Boeing podem voltar somente em fevereiro de 2025

De acordo com o portal Associated Press, autoridades estão incertas sobre a segurança da cápsula Starliner e a Nasa está dividida sobre o risco
Embaixador do Brasil na Nicarágua pode ser expulso do país

Embaixador do Brasil na Nicarágua pode ser expulso do país

Decisão teria sido tomada após estranhamento entre os dois governos
Eleição do CFM: confira novos conselheiros estaduais

Eleição do CFM: confira novos conselheiros estaduais

Resultado do pleito foi anunciado nesta quarta-feira (7)
Defesa de Chiquinho Brazão nega envolvimento com milícia e diz que delação de Lessa é "fantasiosa"

Defesa de Chiquinho Brazão nega envolvimento com milícia e diz que delação de Lessa é "fantasiosa"

Ao Conselho de Ética, advogados pediram para que processo de cassação seja revertido para uma análise de suspensão temporária do mandato
Frente fria rompe bloqueio de ar quente e leva chuva a diversas regiões do Brasil

Frente fria rompe bloqueio de ar quente e leva chuva a diversas regiões do Brasil

Fenômeno vai romper o bloqueio atmosférico e aliviar a estiagem no Brasil
Paris-2024: participação de Israel nas Olimpíadas gera protestos

Paris-2024: participação de Israel nas Olimpíadas gera protestos

Manifestantes pedem o banimento de atletas israelenses, enquanto governo francês autoriza que a polícia limite a circulação de pessoas "consideradas suspeitas"
Polícia prende ex-GCMs suspeitos de integrar milícia que extorquiu R$ 3 milhões na Cracolândia

Polícia prende ex-GCMs suspeitos de integrar milícia que extorquiu R$ 3 milhões na Cracolândia

A operação liderada pelo Ministério Público apontou vários núcleos que alimentam o tráfico de drogas no centro de São Paulo
Congresso pode mudar regras para que atletas não paguem impostos de premiações

Congresso pode mudar regras para que atletas não paguem impostos de premiações

Base do governo apoia mudança como forma de incentivo aos medalhistas; proposta ainda precisa passar no Senado e na Câmara
Em uma semana, Polícia Civil do Rio de Janeiro apreende 50 toneladas de sabão em pó falsificado

Em uma semana, Polícia Civil do Rio de Janeiro apreende 50 toneladas de sabão em pó falsificado

Duas apreensões foram feitas na última semana com apoio da Secretaria de Defesa do Consumidor
Ex-companheira acusa Alberto Fernández de violência e assédio; ex-presidente argentino está impedido de deixar o país

Ex-companheira acusa Alberto Fernández de violência e assédio; ex-presidente argentino está impedido de deixar o país

Justiça da Argentina determinou que Fernández não se aproxime da antiga companheira. O político nega as acusações e disse que "a verdade dos fatos é outra"
Publicidade
Publicidade