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Futuro de Juscelino depende de negociação com União Brasil por fidelidade no Congresso

Ministro indiciado ganha tempo para se defender enquanto Lula estiver cumprindo agenda pela Europa

Futuro de Juscelino depende de negociação com União Brasil por fidelidade no Congresso
Ricardo Stuckert/Presidência da República
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A estratégia do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é usar os próximos dias para se defender das acusações feitas pela Polícia Federal (PF) de que o político participou de um esquema para desviar recursos de uma estatal federal em obras de pavimentação.

+ Ministro Juscelino Filho diz que PF “distorceu e ignorou fatos” ao indiciá-lo

O ministro foi indiciado pela PF, mas continua no cargo. A conclusão da investigação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo dia em que o presidente Lula embarcou para Genebra, na Suíça, para participar de conferência da OIT – Organização Mundial do Trabalho.

Por isso, Lula só deve tratar do assunto na volta da viagem, o que deve ocorrer no fim de semana, já que o presidente terá agenda também na Itália para participar do encontro do G7.

Mesmo após a viagem, Lula só decidirá o futuro de Juscelino Filho depois de falar com dirigentes partidários. O União Brasil, partido do ministro, emitiu nota fazendo defesa do político e acusando a Polícia Federal de perseguição.

No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente avaliam que, apesar do indiciamento respingar no governo, a vulnerabilidade do ministro por causa da ação da PF é a oportunidade para Lula cobrar maior fidelidade dos dirigentes da sigla, que tem 58 deputados e 7 senadores.

As traições do partido ficaram claras em votações recentes, um exemplo foi a sessão conjunta do Congresso Nacional em 28 de maio, dia que caiu o veto parcial de Lula ao projeto que acabou com a saída temporária de presos do regime semi-aberto. Dos 58 deputados do União, 54 votaram contra Lula e apenas 1 parlamentar foi favorável ao veto.

Além de Juscelino Filho, o União Brasil tem também o ministro Celso Sabino, do Turismo.

Para manter o ônus de ter na Esplanada um ministro sob suspeita, Lula vai cobrar dos dirigentes do União Brasil votos que possam ser decisivos para o Palácio do Planalto seja para barrar o avanço da pauta de costumes ou conseguir avançar na pauta econômica.

O esquema de desvio de recursos investigado pela PF teria acontecido em 2022 quando o chamado orçamento secreto fez com que o pagamento de emendas parlamentares não fosse transparente, o que acabou sendo derrubado pelo STF.

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