Ministro Juscelino Filho diz que PF “distorceu e ignorou fatos” ao indiciá-lo
Polícia responsabilizou ministro das Comunicações do presidente Lula por desvio de emendas parlamentares
Ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA) se manifestou sobre o indiciamento da Polícia Federal por uma suposta participação em esquema para desviar emendas parlamentares destinadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
+PF indicia ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por desvio de emendas
Em vídeo publicado nas redes sociais, Juscelino afirmou que “a investigação, que resultou no indiciamento de hoje, deveria buscar a verdade, mas parece que se desviou do seu propósito”. “Uma ação previsível, que parte de uma apuração que distorceu e ignorou fatos e nem ouviu a defesa sobre o que de fato estava sendo investigado”, afirmou.
“Este inquérito devassou a minha vida e dos meus familiares e não encontrou nada. Revirou fatos antigos, de recursos que eu destinei legitimamente através de emendas parlamentares e cuja execução e a fiscalização de obras não são e nunca foram de minha responsabilidade como deputado. Existem órgãos para isso”, defendeu.
O ministro também afirmou que, durante o seu depoimento, não foi questionado sobre o objeto da investigação e não teve espaço para maior aprofundamento, o que, segundo ele, levanta dúvidas sobre a isenção do processo, repetindo “o modus operandi que já vimos acontecer antes, na operação Lava Jato, o que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”.
“É importante lembrar que indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar. Confio plenamente na imparcialidade do poder judiciário. Minha inocência será comprovada ao final do devido processo legal. Espero que o amplo direito à defesa e a presunção da inocência sejam respeitados”, concluiu o ministro.