Flávio estuda nomes para ministro da Fazenda na linha de Paulo Guedes
Entre os cotados, estão ex-secretários do ministério da Economia do governo Bolsonaro; anúncio será no começo de 2026
Amanda Klein
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pôs o bonde na rua, ou melhor, na Faria Lima. E pretende anunciar no começo do ano que vem o nome de seu candidato a ministro da Fazenda. A fórmula não é nova. Seu pai, Jair Bolsonaro, ganhou o apoio do mercado ao escolher Paulo Guedes como seu ‘posto Ipiranga’.
Entre os cotados do filho ’01’ estão nomes que trabalharam com o antigo ministro da Fazenda, como Adolfo Sachsida - secretário de Política Econômica e depois ministro de Minas e Energia - e Gustavo Montezano, ex-presidente do BNDES. Flávio quer deixar claro, caso seja eleito, que a linha a ser seguida na economia será uma continuidade de Paulo Guedes. Na definição de aliados, os fundamentos dessa política econômica são equilíbrio fiscal e controle de gastos, redução de impostos e de juros e enxugamento da máquina ineficiente, com corte de ministérios. A ideia inclusive é retomar o teto de gastos, mais rígido que o atual arcabouço fiscal do governo petista.
Na quinta-feira (11/12), Flávio esteve no banco UBS com um grupo de investidores e seguirá seu ‘roadshow’ pela Faria Lima na próxima semana, com visitas a bancos e entrevistas a podcasts tradicionais do mercado. Na terça-feira, falará ao ‘Traders Club’ e ‘Money Report’.
Quem está abrindo as portas para o senador é Filipe Sabará, empresário próximo à direita e responsável pelo programa de governo de Pablo Marçal para a prefeitura de São Paulo. Sabará foi secretário de Desenvolvimento Social do governo Tarcísio de Freitas, mas saiu por não concordar com o apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB-SP). Agora, tem a missão de ajudar Flávio a convencer a Faria Lima que é uma versão ‘melhorada’ do pai. Um político experiente, com trânsito político e menos radical. Resta saber se vai colar. A reação imediata do mercado foi uma queda forte da bolsa.
