Flávio diz que pediu desculpas a Michelle após críticas da ex-primeira-dama ao PL
Aliança de partido do ex-presidente Jair Bolsonaro com candidatos para o governo do Ceará motivou desentendimento


Cristiane Ferreira
Beto Lima
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) esteve na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, nesta terça-feira (2), para visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na prisão e afirmou a jornalistas que pediu desculpas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) após críticas dela ao PL no Ceará, em episódio que gerou briga pública com filhos do ex-mandatário.
Ao deixar o local, o senador disse a repórteres que explicou a Bolsonaro o episódio que gerou desconforto entre a ex-primeira-dama Michelle e o deputado André Fernandes (PL-CE), relacionado à escolha do candidato que será apoiado pelo partido nas eleições para o governo do Ceará. O ocorrido provocou críticas de Flávio e de seus irmãos, o deputado Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (PL-RJ), à madrasta, nessa segunda (1º), quando o senador chegou a afirmar que Michelle "atropelou" Bolsonaro ao criticar a aproximação do PL a Ciro Gomes (PSDB).
O senador disse ainda que o partido não decidiu se vai direcionar o apoio à candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE), preferência de Michelle, ou à de Ciro Gomes (PSDB), próximo de Fernandes.
O desconforto de Michelle veio à tona durante um evento do PL no Ceará, reduto eleitoral de Ciro. Na ocasião, ela contestou o deputado André Fernandes, apontado como articulador da aproximação entre o PL e o político recém-filiado ao PSDB.
"Tenho orgulho de vocês. Mas fazer aliança com um homem que é contra o maior líder da direita? Isso não dá", afirmou Michelle, na ocasião.
Flávio confirmou que o assunto será discutido em uma reunião do alto escalão do partido, na tarde desta terça, mas reiterou que nem Jair Bolsonaro nem a direção do PL definiram nome que será apoiado pela legenda no estado.
"A gente vai ter uma reunião hoje, no PL, para criar uma rotina de tomada de decisões em conjunto. Lá no Ceará, assim como em outros estados, não havia nenhuma decisão tomada , e ainda não há. Isso será conversado entre nós, para depois o presidente Bolsonaro dar a palavra final", disse.









