Explosões demonstram "o quanto devemos repudiar e desestimular atos de violência", diz Pacheco
Homem responsável por detonar bombas na Praça dos Três Poderes se matou usando um dos explosivos
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a se manifestar, nesta quinta-feira (14), sobre as explosões de bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta (13). Segundo o congressista, o episódio, classificado por ele como "triste", demonstra o quanto os brasileiros devem "repudiar e desestimular atos de violência e discursos de ódio em nosso país".
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Pacheco ainda cumprimentou as forças de segurança pública que atuam em resposta à ocorrência da última noite. O homem responsável por detonar as bombas se matou com um dos explosivos. Ele foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, que disputou o cargo de vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL), em Santa Catarina, e recebeu 98 votos.
De acordo com a investigação, Francisco era o proprietário do veículo que explodiu nas proximidades do STF.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso. O relator no STF é o ministro Alexandre de Moraes. Na quarta-feira, Pacheco já havia lamentado as explosões na Praça dos Três Poderes. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também afirmou repudiar "qualquer ato de violência".
O atentado em Brasília levou parlamentares a se manifestarem nas redes contra eventual anistia aos participantes dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição presidencial de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Qualquer forma de anistia aos golpistas do 8 de janeiro é normalizar ações como a de ontem. É cada dia mais necessário que quem passou os últimos anos alimentando o ódio, a violência política e o golpismo seja exemplarmente punido, antes que uma tragédia anunciada aconteça no Brasil", escreveu o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) no X (antigo Twitter).
Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro estava sendo analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o principal colegiado da Casa. Entretanto, no final de outubro, Lira criou uma comissão especial para analisar o texto e fez com que a tramitação da matéria recomeçasse.