Em meio a desentendimentos, Nikolas Ferreira promete manter ordem em comissão
"Democracia não significa dizer sim para tudo", afirmou o deputado em entrevista ao programa Perspectivas
Recém-eleito para o cargo de presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Nikolas Ferreira teve um começo de gestão tumultuado, com direito a bate-boca e troca de ofensas. Apesar disso, o deputado afirma que esse não será o tom de sua administração, a depender do comportamento dos seus interlocutores.
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"O dever de manter a comissão caminhando conforme todos esperam passa também pelos seus membros. Para os deputados que tanto estão pedindo para que eu tenha uma postura de serenidade, uma postura democrática, que também exerçam isso em seus papéis como membros titulares ou suplentes", respondeu, em entrevista ao programa Perspectivas.
Deputado mais votado do país nas eleições de 2022, Nikolas promete estar aberto a ouvir ideias de campos ideológicos diversos, desde que o debate seja produtivo e saudável.
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"Ali é como se fosse uma sala de aula grande, onde há diversos posicionamentos. O embate e o debate são necessários. O parlamento é para poder falar, discutir. Se retirar isso, acaba o parlamento. Porém, o debate deve ser no campo das ideias, e é isso que defendo. Ataques pessoais, onde consegue se perceber o objetivo de obstruir a comissão e parar os trabalhos, eu entrarei em ação para que isso seja sanado e a gente consiga caminhar. Até porque é um alto custo para os pagadores dos impostos para que todo esse sistema se mantenha de pé", afirmou.
Nikolas afirmou também que debates sobre pautas consideradas mais à esquerda terão seu espaço, mas que, como presidente, dará prioridade a assuntos que considera mais urgentes.
"Falta banheiro nas escolas. Falta material didático, falta um bom ensino do ler e escrever. Nós temos uma taxa de analfabetismo gigantesco no Brasil. Então, há prioridades nesses temas. A minha prioridade de fato é alfabetização, conseguir diagnosticar isso. Por que nós temos tantas crianças, adolescentes e adultos no Brasil que não sabem ler e escrever? Por que a taxa de analfabetismo funcional nas universidades ultrapassa 70%? Por que nós investimos muito em dinheiro e mesmo assim temos rankings horríveis na educação? Então é isso que eu quero deixar como legado na Comissão de Educação. Nós conseguirmos diagnosticar o porquê da educação no Brasil estar tão ruim. Essa é a minha meta", concluiu.
A entrevista completa com Nikolas Ferreira pode ser conferida nesta quinta (21), no site e canal do SBT News no YouTube.