Em apuração parcial, Edinho Silva tem 73% dos votos e é eleito presidente do PT
Partido ainda contabilizará resultados de PE, BA, PA, PR e RJ; votação em MG foi adiada para o próximo domingo (13) após disputa judicial

Jessica Cardoso
O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva foi eleito presidente nacional do PT (Partido dos Trabalhadores) com 73,48% dos votos apurados parcialmente até esta segunda-feira (7).
Segundo o presidente interino da legenda, senador Humberto Costa (PE), Edinho recebeu 239.155 votos na eleição de domingo (6). Ele teve o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pertence à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária do partido.
Na sequência aparecem Rui Falcão (SP), com 36.279 votos (11,15%); Romênio Pereira, com 36.009 votos (11,06%); e Valter Pomar, com 14.006 votos (4,30%).
Ao todo, foram contabilizados 342.294 votos, mas ainda faltam ser apurados os resultados de Pernambuco, Bahia, Pará, Paraná e Rio de Janeiro.
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Em Minas Gerais, terceiro maior colégio eleitoral do PT, a votação foi suspensa após disputa judicial e será realizada no próximo domingo (13).
"Diante dos votos que ainda faltam ser apurados, com toda certeza não haverá como esse resultado da presidência ser alterado", disse o senador Humberto Costa, acrescentando que, em Minas Gerais, "não haverá nenhuma mudança na composição das chapas que disputarão a eleição".
Como novo presidente nacional do PT, Edinho Silva terá a missão de conduzir a sucessão interna e organizar o partido para as eleições municipais e presidencial de 2026, além de promover debates sobre o futuro da legenda.
Em sua declaração, Edinho destacou que a reeleição do presidente Lula representa a construção de "um Brasil sem privilégios, com igualdade de oportunidades e mais justiça social". Ele afirmou estar ciente da responsabilidade do cargo e disposto a trabalhar e dialogar para construir "um campo democrático capaz de reeleger Lula em 2026".
Edinho também afirmou que atuará diretamente nos diretórios estaduais e na vida do partido, mantendo diálogo com movimentos sociais e diversas expressões políticas que compartilham o objetivo de um país mais justo.
Eleição em Minas Gerais
No estado, a eleição foi suspensa devido à candidatura da deputada federal Dandara Tonantzin, cuja inscrição havia sido impugnada por uma suposta inadimplência de R$ 130 mil em contribuições partidárias. Segundo Dandara, esse valor já havia sido pago, mas não foi compensado por um erro bancário.
Para contestar a impugnação, Dandara recorreu à Justiça, que concedeu uma liminar que garantiu sua inclusão na disputa eleitoral.
No entanto, como as cédulas já tinham sido produzidas, impressas e enviadas a mais de 700 municípios mineiros, o Diretório do PT alegou não ter condições logísticas de inserir o nome dela nas urnas a tempo e a votação de domingo (6) foi suspensa.
Nesta segunda-feira (7), no entanto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) derrubou a liminar, permitindo a retomada do processo no Estado sem a participação da deputada.