Política

Direita está aceitando discutir fim da escala 6x1, diz Ministro do Trabalho

Em entrevista ao SBT News, Luiz Marinho afirmou que oposição está aberta ao debate e defende pressão da sociedade para aprovação em 2026

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou em entrevista ao SBT News nesta terça-feira (30) que deputados da direita estão abertos a discutir o projeto de lei que proíbe a escala 6x1 de trabalho. Segundo ele, a aprovação da proposta depende da mobilização e da pressão da sociedade sobre o Congresso Nacional.

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Para Marinho, deputados e senadores da oposição estão dispostos a debater o tema, desde que a pauta seja tratada como interesse econômico e social, e não como disputa eleitoral. O empresariado também não apresentou resistência contundente a ponto de classificar a proposta como ameaça à economia do país.

“Já tem muitos partidos, deputados, senadores e partidos relacionados à direita que estão topando discutir o assunto. Quando o ambiente chega ao conjunto da sociedade, a sociedade se manifesta e não há um contraponto pesado do empresariado falando: ‘Isso não pode de jeito nenhum, isso vai quebrar o país’. Essa história está rechaçada.”

O ministro também defendeu que a economia brasileira está “madura e sustentável” para reduzir a jornada máxima de trabalho no país, e que o próprio trabalhador questionou alguns pontos do texto, o que acabou atrasando a votação.

“A economia tem sustentabilidade, está segura e madura para a redução da jornada máxima do país. Afinal de contas, lá atrás já houve essa possibilidade. Quem deixou escapar foi exatamente a liderança dos trabalhadores, que não aceitou, por exemplo, reduzir de 44 para 40 horas semanais, gradativamente, uma hora por ano. Se tivesse topado, a coisa estaria feita e estaríamos trabalhando há muito tempo 40 horas semanais. Então, a economia tem toda a condição de fazer”, destacou.

Regularização de motoristas de aplicativo

Marinho também mencionou a pauta de regularização dos motoristas de aplicativos e entregadores. Segundo ele, o relatório elaborado pelo deputado indicado como relator é “equilibrado e maduro”, mas a votação atrasou por falta de calendário e acúmulo de pautas no Congresso em 2025.

“Do ponto de vista do governo, deveria ter sido aprovado um ou dois anos atrás. O debate evoluiu bastante durante este ano. O importante é que o deputado vá relatar com o debate maduro e consolidado. As teses que foram debatidas, que apontaram: ‘Isso não cabe aqui, não cabe ali’. Como encarar a Previdência Social? Como encarar a discussão do seguro? Como encarar a discussão da jornada, da remuneração e da transparência para os motoristas e para os motoboys e moto entregadores? Como incorporar as várias questões levantadas nesse debate? Tudo isso o relator tem muito maduro”, afirmou.

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