Dia da Cegonha Reborn: Câmara do Rio de Janeiro volta atrás e veta de vez o projeto
Após rejeição do prefeito Eduardo Paes, vereadores do Rio decidem não retomar projeto que criaria data em homenagem a artesãs

Caroline Vale
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro recuou e decidiu, na terça-feira (5), manter o veto ao projeto de lei que criaria o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade. A proposta havia sido aprovada pelos próprios vereadores em maio, mas foi barrada em junho pelo prefeito Eduardo Paes. Ao analisar o veto, os parlamentares optaram por não restabelecer o projeto.
Na nova votação em plenário, 21 vereadores foram a favor da derrubada do veto, enquanto 14 votaram por mantê-lo. No entanto, eram necessários ao menos 26 votos, número que não foi atingido.
Em junho, ao vetar a proposta, o prefeito Eduardo Paes publicou uma imagem do trâmite legislativo nas redes sociais, acompanhada do comentário: “Com todo respeito aos interessados, mas não dá.”
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Projeto seria uma homenagem
De autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), a proposta buscava homenagear as artesãs que produzem bebês reborn, bonecas hiper-realistas feitas à mão.
No texto original, o parlamentar explicava que essas profissionais, chamadas de “cegonhas”, recriam com riqueza de detalhes os traços de recém-nascidos a partir de descrições ou fotografias. A data seria comemorada em 4 de setembro.
“É uma homenagem emocionante a mulheres incríveis da nossa cidade. São artesãs que criam bonecas realistas usadas em terapias. Muitas delas passaram por momentos difíceis, como depressão, luto, dores profundas, e encontraram nesse trabalho uma forma de cura e amor”, escreveu Vitor Hugo nas redes sociais na ocasião.
O debate sobre os bebês reborn se intensificaram no primeiro semestre de 2025. As bonecas ganharam popularidade e geraram polêmica, envolvendo desde questões afetivas e jurídicas até episódios curiosos, como multas de trânsito e disputas familiares.