Deputados bolsonaristas ficam com ciúmes após restrição de acesso ao trio elétrico em ato de Bolsonaro
Distribuição das pulseiras para acesso ao local foi feita pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

Guilherme Resck
Leonardo Cavalcanti
No primeiro dia efetivo de atividades na Câmara dos Deputados após o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, que foi realizado no domingo (25), o ciúme dominou a bancada bolsonarista.
O motivo foi a distribuição de pulseiras verdes, que davam acesso ao trio elétrico principal na manifestação, onde ficaram Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o pastor Silas Malafaia, organizador do ato.
+ Lula diz que termo "Holocausto" em crítica a Israel foi "interpretação" de Netanyahu
Cerca de 14 parlamentares conseguiram o acesso direto. Entre eles, Marco Feliciano (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Zucco (PL-RS), Helio Lopes (PL-RJ), Delegado Éder Mauro (PL-PA), Delegado Caveira (PL-PA) e Marcos Pollon (PL-MS).
Porém, outros que ficaram de fora, com pulseiras amarela, para área reservada embaixo do trio elétrico principal, ou laranja, para o outro trio, acabaram enfurecidos.
Os deputados que teriam acesso ao trio elétrico principal foram escolhidos a dedo. Puderam acessar também sete senadores, entre os quais Carlos Portinho (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC), Ciro Nogueira (PP-PI) e Cleitinho (Republicanos-MG).
A distribuição das pulseiras aos políticos foi feita pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos principais integrantes da bancada evangélica.
Manifestação
O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a tarde desse domingo (25), na avenida Paulista, reuniu milhares de pessoas na região. A Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP), do governo de Tarcísio de Freitas, que discursou no evento, informou que a manifestação reuniu cerca de 600 mil.
Já o Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto da Universidade de São Paulo (USP), estimou 185 mil pessoas no pico do ato, por volta das 15h.