Deputado Gustavo Gayer (PL-GO) é alvo de buscas em operação da PF contra desvio de cota parlamentar
Outras 18 pessoas também são investigadas no esquema; parlamentar publicou vídeo dizendo que foi surpreendido
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é alvo de mandado de busca e apreensão na operação Discalculia, da Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (25), por suspeita de desvio de cota parlamentar na Câmara dos Deputados. Em vídeo publicado nas redes sociais, parlamentar disse que foi surpreendido com batida policial e afirmou que teve celular e HD apreendidos (veja vídeo abaixo).
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As buscas são em um endereço do deputado em Goiânia e no apartamento funcional dele em Brasília. A PF também faz buscas na residência de um assessor do deputado. No local, os policiais encontraram cerca de R$ 72 mil em dinheiro. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A suspeita da PF é de que o grupo tenha tentado comprar uma associação com mais de 10 anos de atuação e, em seguida, transformá-la em uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que estaria apta a receber verbas da Câmara.
Sobre a operação, Gayer disse que a "democracia relativa está custando caro para o país". Segundo o parlamentar, a ação realizada dois dias antes do segundo turno das eleições municipais tem objetivo de prejudicar o candidato a prefeito Fred Rodrigues, do PL, em Goiânia. O deputado disse ainda que os agentes da Polícia Federal (PF) viraram "jugunços de um ditador", se referindo ao ministro Alexandre de Moraes.
Além do parlamentar, a Polícia Federal cumpriu outros 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em endereços nos municípios goianos de Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia, além da capital Goiânia.
Os investigados são investigados por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.