Delegados da PF dificultam avanço da PEC do Quinquênio dos juízes na Câmara
Deputados pretendem manter corporação na lista dos beneficiados, o que deve implodir proposta global
A imagem e o lobby dos delegados da Polícia Federal (PF) no Congresso devem funcionar como uma força contrária para o avanço da proposta de emenda à Constituição (PEC) do quinquênio de magistrados. A avaliação da categoria é que o projeto avança no Senado, mas tem pouca chance de passar na Câmara.
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O jogo nos bastidores: a avaliação dos delegados é a de que poucos deputados votariam contra a permanência da PF no projeto com receio de criar arestas com a corporação. O que seria algo positivo para a categoria, na prática, deve inviabilizar a proposta para os juízes por causa do aumento dos custos públicos.
Aposta no Senado: o lobby dos magistrados conseguiu criar entre senadores a narrativa de que o reajuste salarial sairia do orçamento próprio do Judiciário, o que é questionado por especialistas como Gabriela Lotta por se tratar de um fundo único com custos para todos os contribuintes.
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Breque na Câmara: a inclusão dos delegados na proposta de reajustes abriu a chance de ampliar o número de categorias envolvidas num efeito cascata infindável, iniciado entre os próprios PFs. Agentes, em conflito permanente com delegados, neste momento estão em silêncio, por terem recebido a garantia de integrantes do Ministério da Justiça de que o aumento inevitavelmente chegaria neles.
O bonde da felicidade: além dos integrantes da PF, brigam pelo reajuste a turma da Advocacia-Geral da União (AGU) e carreiras das defensorias e dos tribunais de contas.
Entenda o caso: o reajuste tem o percentual de 5% a cada cinco até o máximo de 35%. Mas está prevista a contagem de tempo anterior à data de publicação da emenda.
