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Política

Defesa de Chiquinho Brazão pedirá oitiva de Ronnie Lessa em Conselho de Ética

Ex-PM é réu pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e afirmou, em delação, que parlamentar é um dos mandantes do crime

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Chiquinho Brazão (Mario Agra/Câmara dos Deputados)
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O advogado Cleber Lopes, responsável pela defesa do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), informou que pedirá ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que Ronnie Lessa seja ouvido em processo aberto contra Brazão.

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O parlamentar é alvo de uma representação apresentada pelo Psol que pode levar à cassação do mandato. O partido solicitou a apuração de suposta quebra de decoro parlamentar por parte de Brazão.

Para o PSOL, a permanência do deputado federal, apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), no cargo mancha a imagem da Câmara e pode contribuir para a interferência nas investigações do caso.

"Eu estou esperançoso de que no Conselho de Ética nós tenhamos oportunidade de defesa, como manda a Constituição. E nesse processo disciplinar nós teremos oportunidade de produzir prova", explicou Lopes.

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O advogado não teve acesso à delação premiada de Ronnie Lessa e acredita que os deputados devem ouvir o relato do ex-policial militar no processo do Conselho de Ética.

O executor confesso do assassinato de Marielle e Anderson afirmou que o deputado federal Chiquinho Brazão foi um dos mandantes do crime. O irmão do parlamentar, Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, também seriam mandantes dos homicídios.

Manutenção da prisão

A defesa de Brazão criticou a decisão da Câmara dos Deputados de manter a prisão de Brazão. Para Lopes, a análise dos critérios constitucionais foi escanteada pela decisão política.

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"Eu penso que a Câmara perdeu uma grande oportunidade ontem de estabelecer um limite teórico. Deputado federal não pode ser preso preventivamente. Uma questão objetiva. Está na Constituição. Não pode, não pode. A Câmara, a meu juízo, perdeu ontem uma grande oportunidade de estabelecer um limite para a atuação do Supremo Tribunal Federal, notadamente em relação ao tema da prisão preventiva", criticou.

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