CPI do Crime Organizado ouve diretor de Inteligência da PF nesta terça (25)
Depoimento deve detalhar estrutura, operação, fontes de financiamento e conexões de facções no Brasil


Camila Stucaluc
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado ouve, nesta terça-feira (25), o diretor de inteligência da Polícia Federal, Leandro Almada da Costa. A sessão, marcada para começar às 9h, também contará com depoimento do promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya.
Almada da Costa será ouvido a pedido do relator da Comissão, senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O objetivo do parlamentar é saber mais informações sobre a estrutura, a operação, as fontes de financiamento e as conexões do crime organizado no Brasil.
Gakiya também deverá colaborar com o depoimento. O convite, no entanto, foi feito para obter mais informações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), já que o promotor investiga o grupo desde o início dos anos 2000. Originado no sistema carcerário de São Paulo, hoje a facção atua em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia.
Composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, a CPI do Crime Organizado foi instalada em 4 de novembro, dias após a megaoperação realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, para conter o avanço territorial do Comando Vermelho. A ação deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais.
O prazo para conclusão dos trabalhos da comissão é de 120 dias. O objetivo, segundo os parlamentares, é investigar a atuação, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas no Brasil, visando identificar soluções eficazes no combate ao crime organizado e ao reforço da segurança pública, especialmente por meio do aperfeiçoamento da legislação.









