Chuvas no RS: Lula tem avaliação semelhante a Leite quanto à gestão da tragédia, diz Datafolha
36% dos entrevistados consideram como ótima ou boa as ações do líder da República; 35% têm o mesmo a dizer sobre a administração tucana
Pesquisa realizada pelo Datafolha revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) possuem avaliações semelhantes quanto à gestão da tragédia climática que assolou o estado em maio de 2024: 36% dos entrevistados consideram como ótima ou boa as ações do líder da República, 35% têm o mesmo a dizer sobre a gestão tucana. Fortes chuvas resultaram em 179 mortes confirmadas, com 33 pessoas ainda desaparecidas.
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Em relação àqueles que rejeitam as medidas adotadas, que avaliam como ruins ou péssimas, estão em maior número com Lula, 32%, enquanto Leite tem 23%.
O levantamento foi realizado entre os dias 17 e 22 de junho de 2024, com 2.457 entrevistas em nível nacional e 567 entrevistas específicas no estado do Rio Grande do Sul. A margem de erro é de dois pontos percentuais para a amostra nacional e quatro pontos percentuais para a amostra gaúcha, ambas com um nível de confiança de 95%.
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As enchentes causaram danos significativos em 478 municípios, resultando em 806 feridos. Entre os gaúchos afetados, a conduta dos prefeitos foi avaliada da seguinte forma:
- 34% consideraram a gestão municipal ótima ou boa;
- 34% avaliaram como regular;
- 31% julgaram como ruim ou péssima.
Esses dados mostram uma divisão na percepção pública sobre a gestão de crises por parte de autoridades nacionais e locais. Embora a avaliação de Lula e Leite seja semelhante no panorama nacional, os gaúchos são notavelmente mais críticos em relação à atuação do petista.
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Análise
Tal descompasso pode ser atribuído a fatores regionais específicos. Por exemplo, se a eleição de 2022 fosse decidida apenas pelo pleito gaúcho, Jair Bolsonaro (PL) teria vencido com 56,35% dos votos no 2º turno. A resposta imediata das autoridades locais também pode ter influenciado essas opiniões.
No geral, com grande parte dos números igualados (inclusive pela margem de erro), demonstra-se que a população não sabe como avaliar a crise e a tragédia, sobretudo no que implica a política.
