Prejuízos de empresas do Rio Grande do Sul devem somar R$ 10 bilhões
De acordo com uma estimativa do Sebrae, cerca de 700 mil micro e pequenas empresas foram afetadas pelas enchentes
As perdas de empresas do Rio Grande do Sul podem chegar a R$ 10 bilhões em razão das enchentes que assolam o estado. Os dados foram divulgados pela Fecomercio-RS (Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado) nesta terça-feira (21). Entre os prejuízos calculados estão perdas de estoque, maquinário, mobiliário e instalações.
De acordo com uma estimativa do Sebrae, cerca de 700 mil micro e pequenas empresas foram afetadas pelas chuvas.
Édson Amaro Nery é dono de uma loja de materiais elétricos, localizada na Zona Norte de Porto Alegre. As luminárias, pendentes e lâmpadas, que eram o carro-chefe da empresa, estão quebradas. No depósito, os itens colocados mais para o alto, foram salvos.
“É muito triste. Uma luta de 30 anos e a gente chegar e ver a situação de encontro. Hoje nós vamos tentar começar a limpar, ver todo o prejuízo. Muitas coisas estragaram. Infelizmente, além de todas as perdas, as pessoas ainda vêm para entrar, para saquear… Mas vamos ter fé e continuar”, desabafa ele, em entrevista ao SBT Brasil.
Com a água começando a baixar, os comerciantes são obrigados a encarar uma nova realidade. “Agora, cada comerciante vai poder entrar em sua, empresa, e verificar o que de fato perdeu. E não só sobre o prejuízo material, é importante ver como é vão fazer para atender as demandas dos colaboradores que estão sem trabalho, como vão pagar os salários agora que estão sem faturamento etc”, afirma Arlei Romeiro, presidente da associação dos empresários do 4 distrito.
“Colaboradores com quase 60 anos perderam tudo. Por isso, nós vamos ajudá-los também para que eles tenham uma qualidade de vida. Vamos ajudar da maneira que conseguirmos”, complementa Édson.
Alan Ferraz também teve a ferragem que é dono tomada pela lama. Restou apenas o que era de metal. O momento agora é de encontrar alternativas para diminuir os prejuízos.
“Em breve nós vamos fazer promoções das ações para conseguir receita. A gente ficou muito tempo sem, e isso impacta qualquer empresa. Além disso, ainda tem toda a perda do estrutural, das mercadorias. É uma situação muito difícil, complicada psicologicamente, física, mental”, relata.
Enquanto para alguns, o momento é de limpeza, para outros, é de iniciar a contabilização dos estragos. Só depois disso vão conseguir pensar em recomeço.