Bolsonaro diz que Trump, Musk e Zuckerberg são "líderes de campanha pela liberdade de expressão"
Em entrevista ao jornal The New York Times, ex-presidente afirma que convite para posse de Trump o fez parar de usar Viagra

Vinícius Nunes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diz considerar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os empresários Elon Musk e Mark Zuckerberg como líderes de uma "campanha global pela liberdade de expressão". A declaração foi dada ao jornal norte-americano The New York Times. Segundo Bolsonaro, os três supracitados podem impactar o cenário eleitoral do Brasil, já que "as redes sociais decidem eleições".
O CEO da Meta – dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads –, Mark Zuckerberg, recebeu elogios do ex-presidente: "Estou gostando do Zuckerberg. Bem-vindo ao mundo das pessoas boas, da liberdade", disse.
Sobre Musk, dono do X (antigo Twitter), Bolsonaro destacou que o bilionário "lutou" contra a "censura" na rede social representada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Impedido de participar da posse de Trump em Washington, DC, no próximo 20 de janeiro, Bolsonaro disse que o convite foi o suficiente para fazê-lo largar o Viagra. "Estou me sentindo como uma criança de novo com o convite do Trump. Estou animado. Nem estou tomando Viagra mais", disse ao Times. Bolsonaro também afirmou que "pediu a Deus" a oportunidade de "apertar a mão" de Trump.
Nesta quinta-feira (16), porém, o ministro Moraes negou devolução do passaporte ao ex-presidente Bolsonaro.
Em parecer enviado ao STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que não há interesse público na viagem aos EUA, já que o ex-presidente "não exerce função que confira status de representação oficial do Brasil à sua presença na cerimônia oficial".
"A viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível. Não há, na exposição do pedido, evidência de que a jornada ao exterior acudiria a algum interesse vital do requerente, capaz de sobrelevar o interesse público que se opõe à saída do requerente do país. A situação descrita não revela necessidade básica, urgente e indeclinável, apta para excepcionar o comando de permanência no Brasil, deliberado por motivos de ordem pública", escreveu o procurador-geral, Paulo Gonet.







