PGR se manifesta contra liberação de passaporte de Bolsonaro para ida à posse de Trump
Manifestação do procurador-geral da República afirma que viagem pretende satisfazer interesse privado do ex-presidente e não há "interesse público"
Yumi Kuwano
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de viajar para fora do país e comparecer à posse do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão saiu nesta quarta-feira (15), em resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem o pedido foi feito pela defesa do ex-presidente.
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Bolsonaro teve o passaporte retido pela Justiça em 8 de janeiro de 2024, após virar alvo do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente em 2022.
Na manifestação, a PGR afirma que Bolsonaro não apresentou motivos suficientes para que fosse liberado e que a viagem não seria de interesse público, apenas particular. "A viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível", diz o documento.
A procuradoria ainda ressalta que Bolsonaro não tem a função de representação oficial do Brasil que justifique a sua presença na cerimônia.