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Política

Barroso admite ter se surpreendido com inclusão de Moraes na Lei Magnitsky

Presidente do STF afirmou que aplicação da lei estadunidense contra Moraes se "destoou"

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Barroso e Moraes | TSE/Nelson Jr
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, admitiu a jornalista em um café nesta sexta (26) que se surpreendeu com a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A penalização foi anunciada pelo governo dos Estados Unidos em julho.

"Eu preciso dizer que nunca me passou pela cabeça que pudesse vir uma coisa como a Magnitsky, porque foi uma explicação que destoava do padrão anterior de aplicação da lei, como foi dito pelo próprio responsável pela aprovação da lei", explicou.

Na fala, Barroso fez referência a William Browder, um dos principais articuladores da Lei Magnitsky. Browder afirmou que, ao punir Moraes, Donald Trump utilizou a lei para um "acerto de contas político" e não para punir um violador de direito humanos como prevê a legislação.

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Também sancionado com a revogação do visto estadunidense, Barroso disse esperar que o conflito entre as duas nações seja sanado em breve: "Eu não tenho nenhum interesse em escalar o debate com os Estados Unidos".

O ministro tem relações antigas com os EUA. Além de ter negócios no país, Barroso fez mestrado na universidade de Yale e o pós-doutorado na Universidade de Harvard. O ministro mantém relações acadêmicas com instituições norte-americanas.

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"Eu espero que isso em algum lugar do futuro caia, porque eu gosto de levar uma vida intelectual intensa e profunda e as instituições acadêmicas americanas são as melhores do mundo, efetivamente. Portanto, eu gosto de passar temporadas lá, mas não tenho nenhum projeto de viver fora do Brasil", relatou.

Barroso ainda contou ter recebido convites de parcerias acadêmicas de instituições norte-americanas, como Princeton e John Hopkins, mas não as aceitou neste momento.

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