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Política

Ato na Paulista contra Blindagem e anistia empata público com 7/9

Manifestação deste domingo reuniu 42,4 mil pessoas, ante 42,2 mil registradas no protesto a favor da anistia, realizada no mesmo local

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Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o projeto da anistia e a PEC da Blindagem | Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 21.09.2025
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O ato contra o projeto da anistia e a PEC da Blindagem reuniu 42,4 mil pessoas na tarde deste domingo (21), na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da USP (Universidade de São Paulo), junto com a ONG More in Common.

Em comparação, na manifestação do dia 7 de setembro no mesmo local, convocada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor da anistia, foram contabilizados 42,2 mil pessoas, de acordo com o mesmo monitor — os números empatam na margem de erro.

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O ato deste domingo, na Avenida Paulista, foi marcado pela retomada dos símbolos nacionais, como as cores verde e amarelo e a própria bandeira do Brasil, estendida pelos manifestantes ali presentes. O gesto é uma clara resposta ao bandeirão dos Estados Unidos, estendido no mesmo local em 7 de setembro, na manifestação a favor da anistia.

Em todo o Brasil, manifestantes foram às ruas em ao menos 22 capitais para protestar contra as pautas aprovadas pelo Congresso Nacional. Os atos foram convocados pela Frente Povo Sem Medo, articulação de grupos de esquerda. Um dos lemas da manifestação é "Congresso inimigo do povo".

Os dois maiores atos aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na capital paulista, a manifestação contou com shows gratuitos de Curumim, Marina Lima, Leoni e outros. Já na cidade fluminense, o protesto, realizado em Copacabana, foi marcado pelas apresentações de artistas célebres, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan e Lenine.

Como foi feito o cálculo?

Para chegar à estimativa deste domingo, a equipe tirou fotos em sete horários diferentes (14h, 14h30, 15h, 15h45, 16h, 16h45 e 17h30), totalizando 258 imagens. Então, selecionou oito fotos tiradas às 16h, momento de pico da manifestação.

O cálculo da multidão foi feito a partir do método Point to Point Network (P2PNet), desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chequião, na China e da empresa Tencent. O software foi treinado com um dataset anotado de fotos de multidão da Universidade de Xangai e outro dataset anotado de fotos brasileiras da USP.

"No método, um drone tira fotos aéreas da multidão e o software analisa essas imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas", explica relatório da More in Common.
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