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Política

Assinar impeachment de Lula e participar do governo é "bizarro", diz Padilha

Ministro das Relações Institucionais disse que caso algum parlamentar da base tenha assinado a lista, é sinal de que não quer participar do governo

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (28), que o governo aguarda receber uma lista para avaliar providências contra parlamentares da base signatários de um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Padilha ponderou que os nomes dos parlamentares de partidos da base aliada na lista podem ser de uma “minoria” que nunca quis fazer parte da gestão Lula. Segundo ele, seria uma situação “bizarra” um deputado assinar uma lista de impeachment contra o presidente do governo que participa.

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“Ainda não recebemos essa lista, mas à medida que o líder [José] Guimarães (PT-CE) trouxer essa lista vamos analisar com tranquilidade, com todo o respeito e diálogo. Acho muito estranho, acho muito inesperado que alguém que assine uma lista como essa queira participar do governo, realmente não participa, não tem cargo no governo. Acho muito estranho e seria algo bizarro, inclusive se participasse do governo, acredito que não existam essas situações. À medida que nos apresentarem essa lista vamos analisar a situação”, disse o ministro.

De acordo com Padilha, as "providências" não incluem o incluem o empenho e pagamento de emendas parlamentares, mas podem atingir cargos no governo cujas indicações foram dos deputados da base signatários do pedido de impeachment .

“Não vai ter qualquer tipo de discriminação em relação à execução orçamentária porque o governo cumpre exatamente aquilo que está na Constituição sobre emendas impositivas. Aliás, no ano passado nós empenhamos e pagamos todas as emendas individuais e de transferência especial de parlamentares da base e da oposição e pagamos um calote deixado pelo governo anterior, que deixou 50% das emendas de transferência especial sem pagamento”, esclareceu.

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