Após polêmica do Pix, Rui Costa diz que Haddad 'saiu mais forte'
Ministro da Casa Civil falou sobre a reunião ministerial realizada nesta segunda (20), em Brasília
Yumi Kuwano
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira (20) que teve uma "percepção de unidade" na reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Granja do Torto, em Brasília. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu mais forte de toda polêmica do Pix.
"O ministro Haddad não pode ter saído enfraquecido, porque não houve qualquer medida concreta ou verdadeira. Teve uma noticia mentirosa pra aterrorizar a população. Pix segue forte. É mais que um meio de pagamento", afirmou Rui.
Na semana passada, uma portaria foi revogada depois que os brasileiros receberam inúmeras informações falsas sobre um possível imposto sobre o Pix.
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Na entrevista concedida a jornalistas após a reunião, o chefe da Casa Civil disse que o importante para o governo federal neste momento é garantir que a informação oficial chegue à população antes de fake news ganharem força.
"Neste mundo de alta velocidade da comunicação é preciso que a informação organizada chegue primeiro à população antes de chegar a mentira, a desinformação. Temos que garantir a centralidade para haver um plano de comunicação e um plano de implementação. Neste ano não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade", reforçou.
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Outros temas
Sobre a economia, Costa disse que o compromisso fiscal é do governo como um todo. "Nós cortamos 20 bi [R$ 20 bilhões] pra cumprir o arcabouço fiscal. O que for necessário fazer em qualquer momento pra garantir o equilíbrio das contas públicas e no arcabouço fiscal, nos faremos (...). Os números robustos da economia brasileira vão fazendo o dólar voltar ao seu patamar, porque o patamar em que ele está não traduz os números da economia brasileira", afirmou.
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Questionado de uma possível reforma ministerial, o ministro disse que esse tema não foi pauta da reunião e que o presidente ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. "Não há previsão, nem data de início e nem de fim de uma reforma ministerial", ressaltou.