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Política

Após depor à PF, Lindbergh diz que Eduardo Bolsonaro faz "depredação simbólica" do STF nos EUA

Parlamentar do PT cobra medidas cautelares contra o deputado licenciado e alerta para risco de crise diplomática

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Eduardo Bolsonaro | Divulgação
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse nesta segunda-feira (2) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está promovendo uma "depredação simbólica" do Supremo Tribunal Federal (STF) em solo norte-americano. A declaração foi dada após seu depoimento à Polícia Federal (PF) em inquérito que investiga o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro por supostamente atuar no exterior contra autoridades brasileiras.

"Na nossa avaliação, a conduta de Eduardo Bolsonaro ainda é a mesma [da trama golpista]. Qual é a diferença do que Eduardo Bolsonaro faz de um daqueles golpistas que depredou o Supremo? É uma depredação simbólica do Supremo. Uma articulação internacional para sancionar ministros do Supremo, o procurador-geral, delegados da Polícia Federal. É isso que está sendo feito aqui", disse.

O inquérito, aberto a partir de uma queixa-crime apresentada pelo próprio Lindbergh à Procuradoria-Geral da República (PGR), apura as declarações públicas de Eduardo Bolsonaro sobre buscar sanções dos EUA contra ministros do STF.

Lindhbergh disse que o Brasil está caminhando para uma crise diplomática gravíssima, porque o governo "não pode ficar passivo se houver retaliação contra ministros do Supremo".

Ele também cobrou medidas urgentes, como a inclusão do influenciador Paulo Figueiredo no inquérito – neto de João Figueiredo, ele foi denunciado por tentativa de golpe de Estado –, além do pedido de suspensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro, o bloqueio de bens de Jair Bolsonaro e a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados.

+ Inquérito sobre Eduardo Bolsonaro: Líder do PT na Câmara presta depoimento à Polícia Federal

"Eduardo Bolsonaro está colocando o Brasil em uma situação extremamente delicada. Estamos pedindo ao procurador-geral da República medidas cautelares, como o rastreamento de valores enviados ao exterior para financiar ataques ao Judiciário. Também solicitamos que o COAF [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] apure as movimentações financeiras de Eduardo, Jair e outros envolvidos nesse esquema", declarou.

Pedido da PGR

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de instauração de inquérito para apurar supostas ações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo dos Estados Unidos para tentar obter sanções contra ministros do STF, membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF).

O requerimento alega que Eduardo Bolsonaro tem atuado de forma "intimidatória" e "retaliatória" contra autoridades brasileiras envolvidas em processos judiciais que atingem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, denunciado como líder de uma organização criminosa que teria tentado romper a ordem democrática após as eleições de 2022.

Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro vem anunciando publicamente, em redes sociais e entrevistas, que busca junto a autoridades norte-americanas medidas punitivas contra membros do Judiciário e do Ministério Público.

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