Política

Alckmin vê redução de tarifas dos EUA como “positiva” e diz que Brasil seguirá trabalhando por novos cortes

Vice-presidente afirmou que setor de suco de laranja foi o mais beneficiado, enquanto tarifa sobre café continua considerada alta

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Vice-presidente Geraldo Alckmin em conversa com jornalistas | Júlio César Silva/MDIC
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), classificou neste sábado (15) como “positiva” e na “direção correta” a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir em 10% a sobretaxa aplicada globalmente desde abril sobre produtos como carne bovina, tomates, café e bananas.

Alckmin atribuiu a mudança a um conjunto de fatores: “o empenho do governo brasileiro”, a “sensibilidade do governo norte-americano de reduzir custos para seus consumidores” e a atuação da iniciativa privada.

O Brasil foi beneficiado com esse corte, mas segue com a tarifa adicional de 40%. Segundo Alckmin, apesar do avanço, o governo brasileiro “vai continuar trabalhando para reduzir mais”.

O vice-presidente disse que o setor de suco de laranja foi o mais beneficiado, com a tarifa sendo zerada, e que a parcela das exportações brasileiras livres de alíquota passou de 23% para 26% com a medida. Ainda assim, afirmou que a tarifa permanece alta em outros setores, como no café.

"Vamos continuar trabalhando para reduzir mais. Realmente, no caso do café, não tem sentido. Ainda é alta 40% e o Brasil é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos, especialmente arábica. Agora, são avanços sucessivos”, disse.

Sobre as negociações entre os governos brasileiro e norte-americano, Alckmin disse que as expectativas são positivas após o encontro entre Lula e Trump e, em seguida, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

“Vamos agora aguardar os próximos passos, mas estamos otimistas que vamos ter novos avanços”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de uma comitiva brasileira viajar aos Estados Unidos, Alckmin afirmou que ainda não há data definida, mas não descartou a agenda.

“Havendo necessidade, sim, mas não tem ainda nada marcado”, declarou.
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