Policiais rodoviários marcam ato nacional para pressionar Bolsonaro
PRF fará marcha à Brasília para protesto contra quebra de promessa de reestruturação da carreira
Ricardo Brandt
Os policiais rodoviários federais vão acampar em Brasília no final do mês, para uma manifestação nacional, marcada para o dia 1º de junho, em protesto contra decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve adiar o plano de reestruturação das carreiras policiais prometido em seu governo.
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) informou que a Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes, realizada entre os dias 3 e 5 de maio, aprovou um cronograma de atos e manifestações. Em "resposta ao posicionamento do presidente da República Jair Bolsonaro em voltar atrás na sua promessa de promover a reestruturação e a valorização das carreiras policiais da União".
"Os sucessivos atos de desrespeito e desvalorização cometidos por um governo que, para promoção político-ideológica, se utiliza dos números e do trabalho de excelência realizado por cada PRF, com o risco da própria vida, em benefício da sociedade, no estrito cumprimento do seu dever funcional, não são tolerados ou aceitos pela categoria, conforme ratificado na assembleia desta semana", informou a FenaPRF, em nota.
Um primeiro ato - batizado de Dia Nacional da Segurança Viária - acontece na 5ª feira (12.abr), nas rodovias federais do país. No dia 19, foram marcadas manifestações em frente às superintendências estaduais.
No dia 1º de junho, representantes da categoria de todo país farão um ato nacional, a Grande Marcha Nacional dos PRFs.
Em nota, a FenaPRF informou ainda que os sindicatos também darão "apoio amplo e irrestrito para todos aqueles que, se sentindo inconformados com a atual situação, decidam entregar o cargo de chefia que ocupam atualmente".
Policiais federais
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) também decide, nesta 6ª feira (6.abr), em uma assembleia geral de representantes dos 27 estados as novas estratégias de pressão ao governo para garantir a reestruturação da carreira prometida pelo governo federal.
A convocação de uma nova assembleia, segundo o presidente da Fenapef, Marcus Firme, saiu depois dos atos realizados na semana passada. "Os atos, que surpreenderam pelo grande número de adesões, mostraram a insatisfação da categoria com a demora da definição sobre onde será empregado o recurso de R$ 1,7 bilhão previsto no Orçamento para a valorização das forças de segurança da União", informou a Fenapef.