Brasil vai eliminar desmatamento ilegal até 2030, diz Bolsonaro
Na Cúpula do Clima, presidente diz que país está na vanguarda do combate ao aquecimento global
Foto: Reprodução/YouTube
Paulo Guilherme
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Em discurso na Cúpula do Clima, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país está comprometido com ações de enfrentamento ao aquecimento global e que trabalhará em conjunto com outras nações em ações relacionadas ao meio ambiente. O presidente reiterou o que havia dito em carta endereçada ao presidente norte-americana, Joe Biden, de que pretende eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e que o país alcançará a neutralidade ambiental até 2050, o que signifca que todas as emissões de dióxido de carbono serão compensadas.
Bolsonaro alegou que o Brasil é um exemplo de sustentabilidade na agricultura e na geração de energia. "Produzimos mais, utilizando menos recursos, o que faz da nossa agriculturas uma das mais sustentáveis do planeta", disse.
Logo no começo do discurso, Bolsonaro afirmou que "o Brasil está na vanguarda no combate ao aquecimento global" e que o país possui pouca contribuição na emissão de gases poluentes, mencionando que o grande causador do efeito estufa está na queima dos combustíveis fósseis.
Bolsonaro disse que fortaleceu os a atuação dos órgãos ambientais do governo federal com mais investimentos na área. "Apesar das limitações orçamentárias do Governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização."
A fala contraria críticas de entidades do Meio Ambiente que afirmam que a atual gestão do Ministério do Meio Ambiente tem enfraquecido ações de fiscalização.
O presidente também frisou a importância de cooperação com outros países e do setor privado na preservação ambiental. "Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidade e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas", afirmou.
No entanto, ele sinalizou a importância de uma compensação financeira por ações de preservação adotadas no Brasil. "Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação."
Bolsonaro sustentou que o território da Amazônia está 84% preservado e de que a região possui um baixo índice de desenvolvimento humano é que é preciso melhorar a vida dos mais de 23 milhões de habitantes dessa localidade.