Política
Brasil se unirá com grupo de países para propor investigação da OMS
Informação foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, segundo o qual a entidade não atua de forma transparente e coerente
SBT News
• Atualizado em
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O chanceler Ernesto Araújo revelou durante reunião do Conselho de Governo, na tarde desta terça-feira (9), que o Brasil se unirá com a Austrália, a União Europeia e outros países para propor uma investigação e reforma na forma de atuar da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para o ministro, a instituição vem sistematicamente voltando atrás em decisões e isso prejudica os esforços dos países no combate à pandemia do novo coronavírus.
A fala do ministro segue posicionamento adotado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (5). Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a OMS age de forma ideológica e que, por isso, o Brasil estudava cortar suas relações com ela.
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Ainda segundo Araújo, inferferências políticas e extraestatais são responsáveis por impedir que a OMS mantenha uma postura transparente e coerente. Como exemplos de informações que não teriam sido passadas de forma correta pela entidade, ele cita a origem do novo coronavírus, o compartilhamento de amostras, o contágio por humanos, os modos de prevenção, a quarentena, o uso da hidroxicloroquina, a idumentária de proteção e a transmissibilidade da Covid-19 por assintomáticos.
Veja na íntegra a declaração do chanceler:
"O Itamaraty acompanha o papel da OMS com muita preocupação. Falta de independência da OMS aparentemente, falta de transparência e coerência, sobretudo. Falta de coerência no posicionamento, na orientação sobre aspectos essenciais. Então da origem do vírus, do compartilhamento de amostras, do contágio por humanos, dos modos de prevenção, na quarentena, no uso da hidroxicloroquina, na idumentária de proteção e agora na transmissibilidade por assintomáticos. Todos esses aspectos a OMS foi e voltou, às vezes mais de uma vez, e isso nos causa preocupação. Isso é um problema sistêmico, não é um problema acidental. Por que temos que examinar? É uma questão de influência política, influência de atores não estatais na OMS, é uma questão de métodos de transparência, precisamos examinar. Para isso, o Brasil está propondo, junto com um grupo de outros países, uma investigação, um processo de reforma, esperamos, da OMS. Então estamos coordenando aí com Austrália, União Europeia, com outros países para esse imprescindível exame do que aconteceu, do que está acontecendo com a OMS. Alguns dizem `ah, tem que esperar o fim da pandemia para examinar o que está acontecendo com a OMS`. Acho que claramente não, porque, a cada dia, as decisões, esse vai e vem da OMS, prejudica os esforços de todos os países. Isso tem a ver com uma política que nós temos desde o começo, que é de revalorizar e recentralizar os países, as nações, nos organismos internacionais. Isso faz parte também de problemas sistêmicos que acreditamos [existir] em organismos internacionais. Enfim, com a OMS, é muito claramente o caso".
A fala do ministro segue posicionamento adotado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (5). Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a OMS age de forma ideológica e que, por isso, o Brasil estudava cortar suas relações com ela.
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Ainda segundo Araújo, inferferências políticas e extraestatais são responsáveis por impedir que a OMS mantenha uma postura transparente e coerente. Como exemplos de informações que não teriam sido passadas de forma correta pela entidade, ele cita a origem do novo coronavírus, o compartilhamento de amostras, o contágio por humanos, os modos de prevenção, a quarentena, o uso da hidroxicloroquina, a idumentária de proteção e a transmissibilidade da Covid-19 por assintomáticos.
Veja na íntegra a declaração do chanceler:
"O Itamaraty acompanha o papel da OMS com muita preocupação. Falta de independência da OMS aparentemente, falta de transparência e coerência, sobretudo. Falta de coerência no posicionamento, na orientação sobre aspectos essenciais. Então da origem do vírus, do compartilhamento de amostras, do contágio por humanos, dos modos de prevenção, na quarentena, no uso da hidroxicloroquina, na idumentária de proteção e agora na transmissibilidade por assintomáticos. Todos esses aspectos a OMS foi e voltou, às vezes mais de uma vez, e isso nos causa preocupação. Isso é um problema sistêmico, não é um problema acidental. Por que temos que examinar? É uma questão de influência política, influência de atores não estatais na OMS, é uma questão de métodos de transparência, precisamos examinar. Para isso, o Brasil está propondo, junto com um grupo de outros países, uma investigação, um processo de reforma, esperamos, da OMS. Então estamos coordenando aí com Austrália, União Europeia, com outros países para esse imprescindível exame do que aconteceu, do que está acontecendo com a OMS. Alguns dizem `ah, tem que esperar o fim da pandemia para examinar o que está acontecendo com a OMS`. Acho que claramente não, porque, a cada dia, as decisões, esse vai e vem da OMS, prejudica os esforços de todos os países. Isso tem a ver com uma política que nós temos desde o começo, que é de revalorizar e recentralizar os países, as nações, nos organismos internacionais. Isso faz parte também de problemas sistêmicos que acreditamos [existir] em organismos internacionais. Enfim, com a OMS, é muito claramente o caso".
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