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Mourão diz que Bolsonaro foi ´mal interpretado´ em fala sobre democracia

Em discurso às Forças Armadas, no Rio, o Presidente disse que Democracia e Liberdade só existem quando as Forças Armadas o querem. No Planalto, Mourão saiu em defesa.

Mourão diz que Bolsonaro foi ´mal interpretado´ em fala sobre democracia
Mourão diz que Bolsonaro foi ´mal interpretado´ em fala sobre democracia
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O Presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quinta-feira (07) da celebração dos 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais, realizada na Fortaleza de São José da Ilha de Cobras, no Rio de Janeiro.

 

Durante um discurso de cerca de cinco minutos, Bolsonaro defendeu a inclusão dos militares no projeto de Reforma da Previdência, ressaltando, porém, que "as especialidades de cada força" não deixará de ser considerada pelo Governo. 

 

O presidente ainda frisou que os oficiais serão respeitados pelas novas regras de aposentadoria, mas, que os mesmos também terão que "fazer sacrifícios". 

 

Aos militares, o governante condicionou a existência da Democracia e da Liberdade do país, reservando ao exército a decisão pela sua manutenção.

 

Jair Bolsonaro ainda comentou sua campanha eleitoral em 2018, classificando sua vitória e eleição como "uma missão", cujo exercício do governo será feito em conjunto com "aqueles que respeitam a família". 

 

"A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando as suas respectivas Forças Armadas assim o quer".

 

No mesmo dia, em Brasília, após a repercussão da fala de Bolsonaro, o Vice-presidente Hamilton Mourão se manifestou em sua defesa, afirmando que o Presidente foi "mal interpretado" em sua fala sobre a Democracia e a Liberdade.

 

Mourão explicou que, diferente da interpretação de alguns, a frase não contém um tom ameaçador e refere-se a países como a Venezuela. 

 

O Vice-presidente ainda disse, em tom descontraído, que já previa esse tipo de questionamento por parte da imprensa e que, por isso, tentou esclarecer a polêmica afirmação da melhor forma possível.

 

"Eu já sei qual é o assunto e vou dizer muito claramente o que o presidente quis dizer. Ele está sendo mal interpretado. O presidente falou que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com a democracia e a liberdade, esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela. Lá, infelizmente, as Forças Armadas venezuelanas rasgaram isso aí", declarou Mourão, bem-humorado, aos jornalistas.

 

Quando questionado a respeito de outra polêmica envolvendo Jair Bolsonaro, o compartilhamento de um vídeo com cenas obscenas, o bom humor do Vice não resistiu: "sobre isso, eu não vou comentar".

 

Mais tarde, em uma transmissão ao vivo, ao lado do Presidente, o Ministro da Segurança Institucional, Augusto Heleno, também saiu em defesa de Bolsonaro, minimizando a conotação do discurso feito pelo governante. 

 

No vídeo, Heleno disse que o discurso "não tem nada de polêmico" e que "tentaram distorcer" a fala de modo que esta atribuição parecesse "um presente dos militares aos civis", mas que não se tratava disso. O Ministro ainda afirmou que as Forças Armadas são, na verdade, um "baluarte da democracia".

 

 

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