Traficantes que atacaram delegacia no RJ são transferidos para presídio federal
Criminosos tentaram resgatar chefe do tráfico de Duque de Caxias, em fevereiro, mas foram impedidos pela polícia

Cristiano Barbosa Lima
Emanuelle Menezes
Dois traficantes envolvidos no ataque à delegacia de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram transferidos para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (27). A transferência foi realizada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro.
O ataque ocorreu em fevereiro, quando criminosos tentaram resgatar Rodolfo Manhães Viana, conhecido como Rato, chefe do tráfico na comunidade Vai-Quem-Quer, e seu braço direito, Wesley de Souza do Espírito Santo.
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Na ocasião, pelo menos 10 bandidos cercaram a delegacia e abriram fogo. Segundo a Polícia Civil, o ataque foi liderado por Joab da Conceição Silva. Os criminosos, descritos como "narcoterroristas", trocaram tiros com os policiais, mas os detidos já haviam sido transferidos para a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), na Cidade da Polícia, frustrando a tentativa de resgate.
A entrada da delegacia ficou completamente destruída. Quatro policiais reagiram e conseguiram impedir a invasão, mas dois agentes foram baleados. Eles foram socorridos para o Hospital Adão Pereira Nunes e, após atendimento, receberam alta médica.

Ainda em fevereiro, a polícia realizou duas operações contra a quadrilha responsável pelo ataque, resultando na morte de cinco criminosos e na prisão de outros cinco. No dia 27 de fevereiro, a Polícia Civil prendeu Roger de Oliveira Fernandes, o Geraldão, considerado o chefe do tráfico no Parque das Missões, em Duque de Caxias. Ele foi apontado como participante direto do ataque à delegacia.