Tenente suspeito de dirigir carro usado na execução de delator era "amigo de confiança" de Gritzbach
Saiba quem é o 16º policial militar preso suspeito de envolvimento no caso
Fátima Souza
Derick Toda
O tenente da Polícia Militar preso neste sábado (18) suspeito de ser o motorista do carro usado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, é Fernando Genauro da Silva, de 33 anos.
Ele foi alvo de um mandado de prisão temporária de 30 dias cumprido por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Osasco, Grande São Paulo. O tenente ficará detido no Presídio Romão Gomes, da PM.
O SBT apurou que o militar era "amigo de confiança" de Gritzbach que, inclusive, frequentava o apartamento do delator, no Jardim Anália Franco, zona leste de São Paulo.
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Em novembro do ano passado, Fernando teria levado o cabo Denis Antônio Martins e outros suspeitos ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Além de ajudar o cabo na fuga. Denis é apontado como um dos atiradores que abriu fogo com armamento pesado contra Gritzbach, em novembro do ano passado.
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O PM Genauro atuava no 23º Batalhão, em Pinheiros, desde 2022, de acordo com registros no Diário Oficial do Estado, e recebe R$ 15.855,28 mensais como 1º tenente, segundo o Portal da Transparência.
Nas redes sociais, Fernando compartilha fotos com a filha e registros da Academia da Polícia Militar do Barro Branco (APMBB).
Outro lado
A defesa do tenente Genauro disse que ele é inocente. E que o policial "irá provar onde ele estava, no dia dos fatos, com testemunhas, documentos e localização de celular. "
Policiais presos
Ao todo, o número de militares detidos pela participação no caso chega a 16, incluindo três tenentes com a nova prisão.
- O primeiro tenente chefiava o grupo de policiais que faziam a escolta pessoal de Grtizbach;
- O segundo facilitava as escalas de trabalho para que os PMs participassem da escolta, com a ciência de que estavam fazendo a segurança para um homem que lavava dinheiro para o PCC e continuava cometendo crimes, segundo a Corregedoria da Polícia Militar.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que as "forças de segurança do estado são instituições legalistas e que nenhum desvio de conduta será tolerado".