Suspeitos de envolvimento no desaparecimento de empresário têm prisão expedida em São Paulo
Boné da vítima levou polícia até um dos acusados; empresário não foi mais visto após reunião em Cravinhos

Fabíola Corrêa
Na cabeça de um dos suspeitos, o boné da vítima. Um detalhe que reforça o velho ditado: não existe crime perfeito.
A frieza de vestir o acessório que o empresário Nelson Francisco Carreira Filho usava no dia em que desapareceu levou Tadeu Almeida Silva para a mira da polícia. Marlon Couto, parceiro comercial de Nelson, e Marcela, esposa de um deles, também tiveram mandados de prisão expedidos, apontados por envolvimento no crime.
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O flagrante que ajuda a montar o quebra-cabeça foi registrado no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo. Tadeu aparece em imagens de câmeras de segurança na região. No mesmo perímetro, na manhã seguinte, o carro de Nelson foi encontrado abandonado.
Segundo o advogado de Tadeu, ele confessou ter presenciado o homicídio, ajudado a ocultar o corpo e levado o veículo até o local onde foi achado.
Na noite de 16 de maio, data do desaparecimento de Nelson, o carro do empresário foi identificado circulando por essa mesma área da capital paulista. No entanto, os vidros escuros impedem a identificação de quem estava dirigindo ou se havia mais alguém no veículo.
Nelson havia saído de casa no início da tarde, dizendo à esposa que iria a uma reunião de trabalho em Cravinhos, na região metropolitana de Ribeirão Preto. Desde então, não foi mais visto.
A Polícia Civil acredita que Nelson foi assassinado dentro da empresa de suplementos alimentares onde teria ocorrido a reunião. A principal hipótese é de que ele tenha levado um tiro e o corpo tenha sido jogado em um rio.
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A empresa pertence a Marlon Couto, que nega qualquer envolvimento. Já para o delegado responsável pela investigação, Marlon não só participou do crime como teria sido motivado por um desacerto financeiro com a vítima.
O galpão da empresa, localizado em Cravinhos, passou por perícia. Um detalhe chamou a atenção: o piso foi reformado de um dia para o outro. Uma nova análise técnica será feita com o uso de luminol, substância que detecta vestígios de sangue mesmo após a limpeza do local.
A polícia continua tentando localizar o corpo de Nelson. A participação de outros envolvidos também não está descartada.