Suspeito de matar secretária da APAE de Bauru tentou despistar investigação
Polícia confirmou que Cláudia Lobo foi assassinada pelo presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho
Marco Pagetti
O suspeito de matar a secretária executiva da APAE de Bauru, no interior de São Paulo, tentou despistar a investigação no início da apuração do caso. A Polícia Civil confirmou que Cláudia Lobo foi assassinada com um tiro disparado por Roberto Franceschetti Filho, presidente da entidade.
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Segundo os agentes, Cláudia foi atingida pelo disparo e, depois, teve o corpo queimado. Ela tinha desaparecido em 6 de agosto. A principal motivação para o crime seriam disputas de poder e desvios de verba dentro da Apae.
No dia do desaparecimento, Cláudia foi vista entrando em um carro da entidade, segurando um envelope. Depois, em outro local, Roberto é visto saindo do banco de passageiros e assumindo a direção do carro, enquanto Cláudia vai para o banco de trás, onde foi assassinada.
Investigação vai apurar desvios de dinheiro
A perícia encontrou objetos da APAE nas cinzas do terreno usado para descarte. Ali, um funcionário afastado da associação teria ajudado Roberto a ocultar o corpo de Cláudia. O autor do crime ainda ameaçou o funcionário.
De acordo com a investigação, o corpo de Cláudia foi queimado junto aos papéis da entidade. O carro da instituição foi abandonado próximo do local, com marcas de sangue no banco traseiro. Uma cápsula de pistola foi encontrada no interior do veículo, com o mesmo calibre da arma apreendida na casa de Roberto.
O presidente foi preso e tentou despistar a investigação no início, afirmando que os dois levariam dinheiro para um parente da funcionária. Segundo a polícia, ao ser preso, Roberto admitiu informalmente que cometeu o assassinato. A investigação aguarda os laudos de exames de DNA, e segue apurando os desvios de dinheiro da entidade.