Suspeita de torturar homem que conheceu em aplicativo de relacionamento é presa em restaurante no Rio
Adolescente responsável por ajudar a amarrar vítima em cadeira também foi apreendida pelos agentes; crime aconteceu em abril
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Laura da Silva Lucas em um restaurante de Botafogo, na zona sul do Rio, no último sábado (10). Ela começou a ser investigada pelos agentes por roubo, tortura e extorsão de um homem e corrupção de menor.
Há quatro meses, Laura levou uma adolescente para se encontrar, no bairro Botafogo, com um homem que ela conversava por meio de um aplicativo de relacionamento. À noite, os três foram para o apartamento da vítima em Copacabana, também na zona sul.
Um terceiro comparsa, identificado como Guilherme de Oliveira Florêncio, também participou do crime, mas ainda não foi detalhada a função dele no esquema.
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No local, a mulher rendeu o homem com uma faca e uma pistola e ordenou que a adolescente o amarrasse em uma cadeira. Após o homem ter os braços presos, elas entraram nas contas bancárias dele e fizeram diversas transferências bancárias para elas, além de ter ordenado que a vítima ligasse para parentes para pedir mais dinheiro.
De acordo com as investigações, a vítima foi queimada com uma sanduicheira elétrica, amordaçada com uma fita adesiva, agredida com um pedaço de madeira e enforcada com um carregador de celular.
Segundo os agentes, o homem também sofreu "intenso sofrimento psicológico" porque a criminosa colocou a arma na nuca dele e acionou o gatilho para assustá-lo. As torturas duraram cerca de 5h até a dupla ir embora.
A adolescente, que não teve a identidade divulgada, foi apreendida em Magé, na Baixada Fluminense.
Os agentes descobriram que as duas fizeram mais uma vítima com a ajuda de outra mulher, seguindo o mesmo modus operandi.
Nesse caso, o crime foi cometido em maio, somente uma semana após o primeiro caso, em Cachambi, na zona norte. A vítima ainda tentou fugir, mas foi esfaqueado.
"Laura tinha ciência do mandado de prisão, tendo fugido para o Paraguai, onde ficou cerca de dois meses" diz a Polícia.
Na delegacia, Laura e a adolescente confessaram o cometimento dos crimes e confirmar a participação de Guilherme Florêncio, que está foragido.