Stalker é preso por assediar funcionária de shopping no Rio de Janeiro
Vítima disse que era perseguida desde outubro pelo homem, que também foi acusado de stalking por outras mulheres nas redes sociais
SBT Brasil
Um homem foi preso por suspeita de perseguir e assediar uma funcionária de um shopping, na zona norte do Rio de Janeiro. Douglas Leite Silva tentou resistir, mas foi contido pelos seguranças.
Para a Polícia Civil, a vítima disse que era perseguida pelo homem desde outubro. Na delegacia, Douglas negou as acusações. Ele vai responder pelo crime de perseguição, também chamado de "stalking", além de resistência e desacato.
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"É um crime majorado, que tem a pena aumentada, pelo fato da vítima ser do sexo feminino. Setores de inteligência nos demonstraram que não é a primeira vez que o autor faz esse tipo de coisa", afirma a delegada Ana Beatriz Fucks.
Nas redes sociais, outras mulheres disseram que também foram importunadas e abusadas pelo mesmo homem.
"Stalker" é uma palavra usada para descrever pessoas que perseguem e tiram a liberdade de outras, nas redes sociais ou fora delas, devido a uma obsessão. No Brasil, essa conduta passou a ser considerada crime em 2021, e tem pena prevista de seis meses a dois anos de prisão.
A mudança no Código Penal Brasileiro veio após a atriz Débora Falabella revelar que era perseguida por uma fã há pelos menos 10 anos. A mulher chegou a ser presa, mas foi liberada após ser diagnosticada com esquizofrenia.
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Em outubro do ano passado atriz Paola Oliveira afirmou estar sendo assediada há dois anos por uma seguidora, e registrou um boletim de ocorrência. Em um único dia, a artista teria recebido 40 ligações com ameaças, até de morte.
A psiquiatra Carolina Costa, da UFRJ, explica que há casos em que o comportamento agressivo do stalker é influenciado por doenças como esquizofrenia, transtorno bipolar grave ou psicose.
"a psicose é isso, você ter juízo de valor falso, você não conseguir captar a realidade conforme as outras pessoas compartilham aquela realidade. são diversos fatores, desde genético, porque pode haver alteração do funcionamento do cérebro", explica a especialista.
Mas ela lembra que é preciso analisar cada situação para verificar se realmente o abusador precisa de tratamento médico: "as medidas precisam ser tomadas para proteger a vítima, mas também para resguardar em casos de tratamento".