São Paulo registra quase um trote por minuto nos telefones de emergência

A Polícia Militar de São Paulo registrou mais de meio milhão de trotes de janeiro a outubro deste ano, na capital e região metropolitana. Isso equivale a uma média de 100 falsas chamadas por dia, ou quase um trote por minuto.

Essas ligações atrapalham o atendimento a quem realmente precisa de socorro, comprometendo a eficiência do serviço prestado à população.

Os trotes representam 4% das chamadas recebidas pelos Centros de Operações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, responsáveis por atender os números de emergência 190 e 193.

O atendimento das ligações é rápido e envolve múltiplos recursos, como análise da queixa e envio de viaturas, já que alguns segundos podem ser decisivos entre salvar ou perder uma vida. No entanto, os falsos pedidos de socorro mobilizam equipes desnecessariamente e deixam verdadeiras emergências esperando.

Graças a tecnologias que identificam a origem das ligações, já houve casos em que autores de trotes foram localizados e presos. “Nós identificamos de onde partiu o trote no mesmo instante. Enviamos uma viatura ao local e a pessoa é conduzida ao distrito policial, onde é registrado boletim de ocorrência”, informou o tenente Jackson da Cruz, chefe da Seção Operacional do Copom.

Em São Paulo, passar trote para a Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros é crime e pode resultar em multa de quase R$ 2.200, além de outras sanções legais. Mesmo assim, as ligações falsas incluem desde brincadeiras de adolescentes até casos de atenção indevida, como falsas emergências de saúde ou crimes inventados.

O impacto desses atos na segurança da população é grave. Uma única ocorrência falsa pode deslocar viaturas para situações inexistentes, enquanto pessoas com urgências reais aguardam pelo retorno das equipes. "O prejuízo é imensurável", alerta o tenente Jackson.

A população deve ter consciência de que chamadas ao 190 e 193 são para situações reais e urgentesm alera a polícia.