Robinho deixa Tremembé e é transferido para centro de ressocialização em Limeira (SP)
Ex-jogador deixou a penitenciária nesta segunda (17) e foi levado para um centro voltado à reabilitação de presos

Antonio Souza
O ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália e preso no Brasil desde março de 2024, foi transferido nesta segunda-feira (17) da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, para o Centro de Ressocialização de Limeira.
Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), o pedido de transferência foi solicitado pela defesa do ex-jogador.
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O Centro de Ressocialização de Limeira é uma unidade com regime voltado à reabilitação, oferecendo atividades de educação e trabalho. O local abriga detentos de perfil menos violento e prioriza o cumprimento humanizado da pena.
Segundo a Secretaria de Segurança do Governo de São Paulo (SSP), para realizar a transferência ao local, o preso não pode ter condenação superior a 10 anos e não pode apresentar indícios de participação em organização criminosa, quadrilha ou facção, que é o caso de Robinho.
Condenação na Itália e prisão no Brasil
O ex-jogador foi condenado pela Justiça italiana a 9 anos de prisão por participar de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em 2013, quando jogava pelo Milan. A sentença foi confirmada em todas as instâncias na Itália.
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Em 2024, o Supremo Tribunal Federal autorizou que a pena fosse cumprida no Brasil.
Em agosto deste ano, o STF decidiu manter o ex-atleta preso, após pedido de habeas corpus da defesa. A solicitação buscava suspender a decisão da Justiça italiana.
Relembre caso
O crime ocorreu em janeiro de 2013, em uma boate chamada Sio Café, em Milão, quando Robinho jogava pelo Milan. Segundo a Justiça italiana, ele e outros cinco homens estupraram uma jovem de origem albanesa.
A condenação em primeira instância ocorreu em 2017, quando Robinho já atuava no Atlético-MG. Em 2022, a sentença foi confirmada pela terceira e última instância, com a fixação da pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do ex-jogador, também foi condenado. Os outros quatro envolvidos deixaram a Itália durante as investigações e nunca foram processados.
Inicialmente, a Itália solicitou a extradição de Robinho, mas a Constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos. Diante disso, o governo italiano pediu a homologação da sentença, permitindo que o ex-atleta cumprisse a pena no Brasil.
O pedido foi aceito pela Justiça brasileira, o que levou à prisão de Robinho em março de 2024, em Santos, no litoral paulista.







