Professor é preso por importunação sexual a alunas em colégio particular no RJ
Educador foi denunciado pelas mães das alunas, que relataram comportamento e comentários inapropriados

Camila Stucaluc
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na segunda-feira (13), um professor acusado de importunar sexualmente alunas do Colégio Tamandaré, no Recreio dos Bandeirantes, na zona sudoeste. Ele foi detido na própria casa, na zona norte, onde os agentes também apreenderam um celular e um notebook.
Segundo a corporação, as investigações começaram no início do mês, quando mães de alunas registraram ocorrências contra o professor na delegacia próxima ao colégio. Elas denunciaram comportamento e comentários inapropriados do educador, que lecionava aulas de Língua Inglesa, conforme relatado pelas filhas.
“Entre as acusações estão gestos obscenos, conduta indevida com ele ficando na passagem da porta para que as menores tivessem que esbarrar com seus corpos no dele e até comentários impróprios sobre a aparência dos adolescentes. As adolescentes que denunciaram os assédios escreveram cartas para relatar o comportamento do professor, mas o material foi retido por outro educador”, disse a polícia.
Após as denúncias, os policiais analisaram as imagens de segurança das aulas e ouviram as alunas na sede policial. Ao confirmar os fatos, pediram a prisão do professor, que ficará à disposição da Justiça.
Em nota, a diretoria do colégio informou que tomou conhecimento do caso no dia 1º de outubro e que afastou o profissional no dia seguinte. Disse, ainda, que a psicóloga da unidade conversou com os alunos representantes de todas as turmas em que o professor lecionava, em ambos os turnos.
“Sobre a carta produzida pelas alunas, esta foi entregue já após o afastamento do professor, e foi recebida por outro docente que, naturalmente, encaminhou-a imediatamente para a ciência da coordenação”, explicou. “Informamos que, uma vez que nossas aulas são gravadas, estamos colaborando com as autoridades desde o início da investigação, na expectativa de que as apurações sejam conclusivas e tragam respostas que representem a verdade”, acrescentou.