Policiais militares libertam quatro vítimas de sequestros em São Paulo
Crimes aconteceram em dois pontos distintos da capital paulista
A Polícia Militar de São Paulo conseguiu resolver dois casos de sequestro, nesta quinta-feira (3), resultando na libertação de quatro vítimas mantidas em cativeiro.
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O primeiro caso aconteceu na Zona Norte da capital paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens foram rendidos na rua por criminosos armados. As vítimas foram levadas para outro veículo e, em seguida, a um cativeiro, localizado a pouco mais de um quilômetro do local do sequestro. Os homens ficaram presos por cerca de 10 horas até serem resgatados pela polícia, que foi acionada após uma denúncia anônima. Dois suspeitos foram detidos, sendo um deles um fugitivo do sistema penitenciário.
Já o segundo sequestro aconteceu na Zona Oeste da cidade. Um casal foi abordado por criminosos quando chegava à casa da filha.
"Foi o tempo de avisar que já estava na frente, para descer com a minha, já chegou um carro fechando a gente, pedindo para irmos para o banco de trás", relatou uma das vítimas, que não foi identificada para preservar sua identidade.
O casal foi levado para um terreno de uma antiga pedreira e contam que ficaram "sob a mira de um deles por cerca de uma hora e meia, enquanto o outro grupo estava com o celular da minha esposa e com o nosso carro".
Ao notar o desaparecimento, parentes das vítimas acionaram a polícia, que encontrou os criminosos no carro roubado. Os sequestradores tentaram fugir, mas colidiram o veículo e foram presos. Em seguida, os policiais localizaram o cativeiro e libertaram o casal.
Segundo a Polícia Militar, durante a operação de resgate houve um confronto, que resultou na morte de um dos envolvidos.
Os dois sequestros são classificados pela Polícia Civil como sequestros-relâmpago, um tipo de crime que vinha diminuindo em São Paulo. A maneira como os crimes ocorreram e a localização dos cativeiros chamaram a atenção da Divisão Anti-Sequestro, que está acompanhando o caso.
O sequestro-relâmpago, em que as vítimas são mantidas reféns enquanto os criminosos realizam saques e transferências bancárias, é um problema grave de segurança pública na capital paulisa. Em 2022, 115 pessoas foram vítimas desse tipo de crime, muitas delas atraídas por falsos encontros em aplicativos de namoro. Em 2023, o número caiu para 49, e em 2024, até o momento, foram registrados quatro casos.
Embora os sequestros da noite de quinta-feira não entrem nas estatísticas mencionadas, eles servem como um alerta para a polícia especializada em sequestros.
"Ficar três horas e meia sob a mira de uma arma, com bandido nervoso, é muito difícil", relatou uma das vítimas.