Polícia prende suspeito de fraudes de R$ 14 milhões em operação no DF
Homem de 32 anos já usava tornozeleira eletrônica e tinha condenações anteriores; esquema envolvia compras falsas e estornos ilegais

Isabela Guimarães
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta sexta-feira (19) a Operação Cash Back para desarticular um esquema de fraudes em compras e estornos ilegais contra uma grande rede varejista. O prejuízo estimado é de R$ 14,4 milhões, em quase 4 mil transações fraudulentas realizadas em diferentes estados.
De acordo com as investigações, os criminosos faziam compras em lojas físicas e no site da empresa, utilizando identidades falsas e pagamento via Pix. Após retirar os produtos, solicitavam estornos alegando que os dados pessoais haviam sido usados em compras não reconhecidas.
Essa etapa era possível graças ao acesso clandestino ao sistema da rede, por meio de senhas vazadas, sem envolvimento de funcionários.
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Prisão no DF
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Setor Lúcio Costa e na Colônia Agrícola 26 de Setembro, onde um homem de 32 anos foi preso em flagrante e também por mandado de prisão preventiva.
O suspeito já tinha condenações anteriores, usava tornozeleira eletrônica e, segundo a polícia, participou de ao menos 26 compras fraudulentas. Em sua residência, também foi encontrado um aparelho que pode ter sido utilizado para burlar o monitoramento da tornozeleira.
O que foi apreendido
Na casa do investigado, os agentes apreenderam caixas com produtos em nome de terceiros, joias, R$ 39,9 mil em espécie, relógios de luxo, dois carros de alto padrão, celulares, computadores, simulacros de arma de fogo, munições de uso restrito e até um papagaio mantido ilegalmente.
Os veículos foram sequestrados judicialmente como forma de recompor os prejuízos e enfraquecer financeiramente a organização criminosa. Os equipamentos eletrônicos passarão por perícia.
Penas
O homem vai responder por falsidade ideológica, estelionato qualificado por meio eletrônico, porte ilegal de munição de uso restrito e crime ambiental. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.
A PCDF informou que as investigações seguem em andamento para identificar outros integrantes do grupo e detalhar o funcionamento do esquema.
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