Polícia

Polícia prende grupo suspeito de desviar dinheiro em condomínio de Porto Alegre

Organização criminosa agia dentro do condomínio e chegou a acumular dívida de R$ 5 milhões em contas de água

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Operação foi realizada dentro do conjunto habitacional, que tem mais de 40 torres residenciais | PCRS / Reprodução
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta quarta-feira (12), oito suspeitos de integrar uma quadrilha que desviava dinheiro da administração de um condomínio em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre.

Segundo as investigações, o grupo se infiltrou na gestão do residencial, superfaturava contratos e desviava os valores arrecadados dos moradores.

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A operação foi realizada dentro do conjunto habitacional, que tem mais de 40 torres residenciais.

De acordo com o delegado do caso, Rodrigo Câmara, o esquema era comandado por um detento de dentro do presídio, que dava ordens ao ex-síndico do condomínio.

“Ele tinha um braço administrativo e jurídico que gerenciava os valores, contratava empresas de forma superfaturada e repassava parte dos valores ao grupo criminoso. Inclusive, a própria empresa de vigilância estava envolvida nos crimes”, afirmou o delegado.

Dívidas e ameaças

Enquanto desviava recursos, o grupo deixou de pagar despesas básicas. A dívida com o fornecimento de água já chega a R$ 5 milhões, segundo a polícia.

Além disso, moradores relataram coação e ameaças. Em alguns casos, condôminos inadimplentes eram pressionados a vender os imóveis por valores abaixo do mercado.

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Em agosto, os moradores pediram ajuda a um síndico profissional e a um advogado para retomar o controle da administração. Ambos foram ameaçados, e uma reunião de condomínio chegou a ser realizada dentro do fórum da cidade, com presença policial.

Nova administração e alerta da polícia

O condomínio já está sob nova gestão, e a empresa de segurança foi substituída. A polícia alerta para que moradores não cedam a ameaças e denunciem casos semelhantes.

“As pessoas não devem pagar valores de prevenção, devem bloquear esses contatos e registrar ocorrência na polícia civil”, reforçou o delegado Rodrigo Câmara.
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