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Polícia

Polícia do RS prende 60 pessoas em operação contra lavagem de dinheiro em estúdio de tatuagem

Os mandados foram cumpridos em 14 cidades do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quinta-feira (15), uma operação de grande porte contra um grupo suspeito de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cumprindo 93 ordens de prisão e 114 mandados de busca e apreensão. A investigação revelou que um estúdio de tatuagem era utilizado para lavar o dinheiro obtido com as atividades ilícitas.

Até a última atualização desta reportagem, pelo menos 60 pessoas já haviam sido presas, incluindo 17 que já estavam em presídios e, segundo a polícia, comandavam o esquema de dentro das cadeias. Os mandados estão sendo cumpridos em 14 cidades do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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Entre os detidos estão o sogro e a sogra do principal suspeito de liderar a organização criminosa, presos em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a polícia, eles seriam responsáveis por um ponto de tráfico de drogas. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Um detalhe curioso da operação é que um carro de luxo, apreendido na primeira fase da investigação em 2023, foi transformado em viatura policial e utilizado para realizar as prisões.

A investigação teve início em outubro do ano passado, quando a polícia descobriu uma operação de tele-entrega de drogas na Região Metropolitana, principalmente no Vale dos Sinos. O principal suspeito, um tatuador, foi preso em flagrante na ocasião. Segundo a Polícia Civil, ele usava seu estúdio para encobrir as atividades criminosas.

Conforme a polícia, mais de 90 pessoas envolvidas no esquema eram organizadas de forma hierárquica. Cada indivíduo só podia traficar drogas dentro do território de um chefe de determinada região com autorização prévia, e a droga deveria ser adquirida diretamente de fornecedores autorizados. Os membros da organização eram remunerados tanto de forma direta, com pagamentos semanais, quanto de forma indireta, ao reter parte dos lucros do tráfico.

A Polícia Civil acredita que a esposa, o cunhado e o sogro do tatuador ocupavam postos de alto escalão na organização criminosa. Após a soltura do tatuador em junho deste ano, a família teria organizado uma comemoração com fogos de artifício.

Outro ponto destacado pela investigação é que o suspeito monitorava sua casa e o bairro com drones para observar a movimentação policial. Além disso, a organização contava com integrantes que atuavam em confrontos e execuções, usando uniformes camuflados, coletes à prova de balas e armas pesadas.

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