Brasil registra primeiros casos de nova variante da Covid-19
Infecções foram relatadas no Ceará e em São Paulo; Cepa XFG é monitorada pela OMS

Camila Stucaluc
O Brasil registrou os primeiros casos da XFG, uma nova variante de Covid-19. As infecções foram identificadas em Fortaleza, em coletas realizadas entre 14 de fevereiro e 4 de junho deste ano. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), esta é a primeira vez em que a cepa é detectada no estado.
+ 5 anos da pandemia de covid-19: doença matou mais de 715 mil pessoas no Brasil
Até o momento, todos os casos identificados da XFG apresentaram sintomas leves, semelhantes a uma síndrome gripal comum. Além de Fortaleza, dois casos da cepa foram registrados em São Paulo.
A XFG é uma subvariante recombinante das linhagens LF.7 e LP.8.1.2, ambas oriundas da Ômicron. A cepa é classificada como uma Variante Sob Monitoramento (VUM) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 25 de junho, devido ao crescimento de casos no mundo, especialmente no sudeste asiático. Ao todo, 38 países já detectaram a variante.
“Os dados atuais não indicam que essa variante leve a doenças mais graves ou mortes do que outras variantes em circulação. Considerando as evidências disponíveis, o risco adicional à saúde pública representado pela XFG é avaliado como baixo em nível global. Espera-se que as vacinas contra a Covd-19 aprovadas permaneçam eficazes contra essa variante”, informou a OMS.
+ Queda de temperatura e friagem: o que muda no seu corpo e como se proteger
Para o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto, é possível que a variante seja responsável pelo aumento de casos de Covid-19 no estado – cenário que será monitorado pela pasta. Para conter as infecções, ele avalia que o melhor método de proteção é a vacinação.
Veja outras formas de proteção:
- Usar máscara facial de proteção;
- Deixar ambientes arejados;
- Higienizar as mãos;
- Buscar concluir o esquema vacinal básico, incluindo a dose de reforço, para todas as idades;
- Monitorar continuamente o SARS-CoV2, por meio da testagem por RT-qPCR, independente da utilização de testes imunocromatográficos.