Polícia do Rio encontra vestígios de sangue na roupa do cubano suspeito de matar o dono de uma galeria de arte
Segundo as investigações, Alejandro matou o galerista norte-americano, Brent Sikkema, na madrugada do último domingo, com 18 facadas
Leo Santanna
A polícia do Rio de Janeiro encontrou vestígios de sangue na roupa do cubano suspeito de matar o dono de uma galeira de arte famosa, em Nova York, nos Estados Unidos.
Alejandro Triana Prevez foi preso em Minas Gerais e foi encaminhado para a capital fluminense, onde deverá prestar depoimento.
Policiais civis do Rio foram até Uberlândia, no Triângulo Mineiro, buscar Alejandro, preso, na quinta-feira (18), na cidade vizinha de Uberaba. Por segurança, o cubano foi levado de carro até a delegacia de homicídios da capital fluminense.
Segundo as investigações, Alejandro matou o galerista norte-americano, Brent Sikkema, de 75 anos, na madrugada do último domingo, com 18 facadas. A polícia já sabe que o suspeito usou uma 'micha', uma ferramenta, para abrir a porta da casa da vítima, que tinha um cadeado com código.
Alejandro nega ter cometido o crime, mas ele foi flagrado por câmeras de segurança enquanto passou 14 horas vigiando a casa do norte-americano, no Jardim Botânico, na zona sul carioca. Depois, entrou, ficou 15 minutos lá dentro e saiu tirando luvas.
Fotos obtidas pela produção do SBT mostram Alejandro em dois pedágios da Via Dutra: a primeira, no sábado, a caminho do Rio de Janeiro. A outra, voltando para São Paulo, onde morava, cerca de duas horas depois de deixar o imóvel de brent, no domingo.
O veículo é de uma amiga de Alejandro que mora na zona sul da capital paulista. Em depoimento à polícia paulista, o filho dela disse que Alejandro contou que precisava do carro para fazer entregas e que ele devolveu o veículo na segunda-feira.
Peritos da Polícia Civil do Rio encontraram vestígios de sangue no carro e também no boné e na camiseta que Alejandro usava na madrugada em que Brent Sikkema foi morto. O cubano deverá passar por uma audiência de custódia na próxima segunda-feira. Os investigadores esperam conseguir a prorrogação da prisão temporária dele, de trinta para 60 dias. A polícia encontrou, dentro da casa, a arma do crime -- uma faca, que havia sido lavada.
Nas redes sociais, alejandro se apresentava como professor de espanhol e oferecia serviço de envio de encomendas para Cuba.
Segundo as investigações, ele trabalhou como segurança de Brent Sikkema no país caribenho há cinco anos. O norte-americano, dono de uma famosa galeria de arte em Nova York, tinha estreitas relações com Havana.
Daniel, ex-marido de Brent, também é cubano. Segundo testemunhas, o ex-marido não aceitava uma separação amigável e exigia seis milhões de dólares -- cerca de R$ 30 milhões -- além de uma pensão robusta, para permitir que Brent visse o filho dos dois que tem 14 anos.
O corpo de Brent Sikkema foi liberado nesta quinta-feira pela advogada dele e será cremado.