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Polícia desmonta esquema de milícia no comércio popular de SP

Cinco policiais e outros suspeitos foram presos por extorsão, ameaça e agiotagem no Brás, bairro central da capital paulista

Imagem da noticia Polícia desmonta esquema de milícia no comércio popular de SP
Rua de comércio popular no Brás | Reprodução
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Cinco policiais militares foram presos sob suspeita de integrar uma milícia que atuava no Brás, um dos principais centros de comércio popular de São Paulo. O grupo é investigado por crimes como extorsão, ameaça, agiotagem e lavagem de dinheiro.

O SBT teve acesso à denúncia do Ministério Público, que lista 16 indiciados. Além dos policiais, quatro outras pessoas já foram detidas, enquanto outros suspeitos seguem foragidos, entre eles a escrivã da Polícia Civil Viviane Trevisan. Em imagens obtidas pela investigação, ela aparece de blusa vermelha, intimidando comerciantes a pagarem propina.

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A organização criminosa contava ainda com a supervisão de uma mulher peruana, identificada como Miriam Esther Hernández Rodríguez, conhecida como "Patrona". Em uma ligação interceptada entre ela e o cabo da PM José Renato Silva de Oliveira, os dois discutem, em portunhol, a cobrança de taxas e a organização das barracas nas ruas do Brás, além da contratação de novos seguranças para a área.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, a milícia explorava a vulnerabilidade de comerciantes estrangeiros em situação irregular no país. Além da propina, o grupo cobrava uma "taxa de proteção" para permitir a permanência dos ambulantes na região.

A situação chegou ao ponto de vendedores estrangeiros contraírem dívidas com agiotas para pagar as taxas impostas pelo grupo. Quando o débito não era quitado, os próprios policiais da milícia eram acionados para fazer a cobrança.

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Uma testemunha protegida relatou ao Gaeco que os comerciantes passaram a ser obrigados a pagar uma taxa fixa anual de R$ 3 mil, além de R$ 50 semanais, para garantir sua permanência no Brás.

Durante a operação, os agentes apreenderam R$ 145 mil na casa de um dos investigados. No total, oito empresas e 21 pessoas tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados.

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