Polícia conclui que ataques a ônibus em SP foram planejados e prende suspeito
Homem de 68 anos confessou envolvimento e recrutamento de cúmplices em pelo menos 19 ataques na Grande São Paulo
Vinícius Rangel
A Polícia Civil concluiu que os ataques a ônibus registrados na capital paulista e em cidades da Grande São Paulo foram planejados. Um homem preso por envolvimento nos casos confessou que participou das ações e que também recrutou outras pessoas para praticar os atos de depredação.
Policiais da Delegacia de Investigações Criminais de São Bernardo do Campo identificaram o suspeito, Edson Campolombo, de 68 anos, que admitiu ter danificado pelo menos 19 ônibus. Ele também afirmou que contou com o apoio do irmão em ao menos dois dos ataques.
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Segundo a polícia, Edson lançou um coquetel molotov em um coletivo. A confissão aconteceu após ele ser confrontado com diversas provas reunidas durante as investigações. O suspeito declarou que cometeu os ataques com a intenção de "consertar o Brasil".
A Justiça decretou a prisão de Edson pelos crimes de dano qualificado e atentado contra o serviço de utilidade pública.
Nos últimos dois meses, o estado de São Paulo tem enfrentado uma onda de ataques a ônibus. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. A Polícia Militar já deteve 22 suspeitos. A estimativa é de que cerca de 900 coletivos tenham sido depredados no período.
De acordo com a polícia, os ataques têm ligação direta com empresas que perderam contratos de prestação de serviços públicos ou foram desclassificadas em processos licitatórios. Outras hipóteses investigadas foram descartadas, inclusive a versão apresentada por Edson.