PM realiza nova fase da Operação Escudo após mortes de policiais em São Paulo
No ano passado, a Polícia Militar realizou a mesma operação em Guarujá; 28 pessoas morreram durante as ações da PM
A Polícia Militar de São Paulo desencadeou mais uma fase da Operação Escudo, que acontece sempre que um agente de segurança do estado sofre um ataque. Na semana passada, em 24 horas, dois policiais militares morreram e outros três ficaram feridos em abordagens diferentes.
A nova fase da operação teve início no sábado, menos de 48 horas após a morte da soldado da PM Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos.
A policial foi abordada por bandidos quando voltava para casa. Uma imagem mostra o momento em que um deles derruba Sabrina e atira. Os ladrões ainda voltam para pegar a arma dela.
O tenente da reserva, Paulo Marcelo da Silveira, trabalhava no Corpo de Bombeiros e foi morto na mesma região, na zona sul da capital paulista, um dos pontos onde se concentra a Operação Escudo. Os outros estão em Santo André e Guarulhos, na Grande São Paulo, além de Piracicaba, no interior paulista.
O comando da Polícia Militar diz que, mesmo com o risco de confrontos, a operação para localizar os criminosos continua por tempo indeterminado.
Em agosto do ano passado, a Polícia Militar realizou a mesma operação em Guarujá, no litoral, depois que o PM da Rota, Patrick Bastos Reis, foi morto. 28 pessoas morreram durante as ações da polícia.
"O trabalho da polícia é esse, é levar segurança, não tem como você levar segurança se você não prende bandido, não existe milagre. Você tem que prender os indivíduos que agridem o cidadão e os indivíduos que agridem o policial militar, porque isso que vai trazer a segurança", afirma o coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da PM.
Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, falou sobre a operação: "a gente não deseja um confronto, como aconteceu no caso da soldado Sabrina, nós já prendemos dois criminosos, então a gente sempre busca a prisão dos criminosos".
Os dois detidos citados pelo governador foram liberados em seguida, por falta de provas, segundo a Polícia Civil.
Lucas da Conceição e Carlos Daniel da Cruz de Andrade, suspeitos de participar da morte da PM Sabrina, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Os dois estão foragidos.